Ritmo de plantio da soja em Mato Grosso passa a ficar abaixo da média, segundo IMEA

A safra de soja 2025/26 em Mato Grosso alcançou 76,13% da área estimada de plantio até o fim de outubro, conforme levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA). Esse avanço representa um aumento semanal de 16,08 pontos percentuais — contudo, ainda ficou abaixo da média histórica dos últimos cinco anos, que é de 76,68% para o mesmo período. Além disso, comparado à safra anterior, quando o índice já estava em 79,56%, o ritmo atual mostra uma desaceleração no avanço das operações. O relatório também aponta que as chuvas irregulares no Centro-Oeste vêm dificultando o andamento das atividades em várias regiões do estado, especialmente nas áreas onde o solo ainda não atingiu umidade suficiente para o estabelecimento da cultura. Por que isso importa para quem está no campo Para o produtor rural e o gerente de fazenda, o atraso no plantio é mais do que um dado estatístico — é um fator que impacta diretamente o planejamento da safra. Um cronograma de plantio mais apertado pode: Recomendações técnicas da Assistec Com base nas condições atuais, a Assistec Agrícola recomenda atenção redobrada nas seguintes frentes: Olhar técnico e de longo prazo Se o ritmo abaixo da média persistir nas próximas semanas, é provável que parte das lavouras de Mato Grosso entre em fases críticas em períodos de maior variabilidade climática, o que reforça a importância do monitoramento de precisão. A Assistec continuará acompanhando as atualizações do IMEA e das consultorias de mercado, trazendo análises técnicas e recomendações práticas para garantir produtividade com segurança. Conclusão O atraso no plantio da soja em Mato Grosso serve de alerta, não de desânimo. Com o apoio técnico certo, planejamento ágil e acompanhamento de dados de campo, o produtor pode reverter riscos em oportunidades, mantendo a produtividade dentro do esperado. A Assistec Agrícola reforça seu compromisso de estar ao lado do produtor com soluções em agricultura de precisão, manejo eficiente e suporte técnico completo — porque no campo, produtividade é o nosso alvo. Fonte: Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) — via Notícias Agrícolas, novembro de 2025.

Projeções do USDA para a safra 2025/26: milho em alta, soja com ajuste para baixo

Brasília, 21/08/2025 – As estimativas globais para as grandes culturas de grãos e oleaginosas na safra de 2025/26 apontam para cenários distintos entre milho e soja. Enquanto a produção de milho deve acelerar, a de soja enfrenta revisão negativa — segundo relatório divulgado pelo USDA. 3tres3+1 Panorama do milho Panorama da soja O que isso significa para o agro Pontos de atenção para fazendas e equipes técnicas

Custo alto e chuva irregular apertam calendário do milho de segunda safra em Mato Grosso

Mato Grosso, 28/10/2025 – O avanço da safra de soja na região está trazendo inquietação aos produtores rurais, que já correm contra o tempo para garantir a janela de plantio da segunda safra de milho. A combinação de custos elevados e chuvas irregulares gera incertezas no planejamento e eleva os riscos de perda de produtividade no próximo ciclo, aponta levantamento do Instituto Mato‑grossense de Economia Agropecuária (Imea). Canal Rural Mato Grosso+1 Soja a 60% e milho “na retaguarda” Conforme o Imea, até o momento cerca de 60% da área prevista para a safra 2025/26 de soja em Mato Grosso já está semeada – um avanço de mais de 16 pontos percentuais em relação à semana anterior. Canal Rural Mato Grosso A região médio-norte do estado lidera com 84,5% da área implantada. Canal Rural Mato GrossoNo entanto, esse ritmo não elimina os alertas: as chuvas continuam sendo mal distribuídas, o que compromete o solo para o próximo plantio do milho. Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), Lucas Costa Beber, “a partir de 20 de outubro você já está fora da janela excelente. A soja que for semeada agora vai ser colhida por volta do dia 10 de fevereiro, quando já começa o risco da falta de chuva para o milho”. Canal Rural Mato Grosso Pressão dos custos Para a cultura do milho de segunda safra, os custos estão em elevação e pesam como nunca nas decisões do produtor. O Imea informa que o custo total por saca já chega a R$ 46,15 para o ciclo 2025/26 em Mato Grosso. Só de insumos, o gasto ultrapassa R$ 2.900 por hectare. Canal Rural Mato GrossoO presidente do sindicato rural de Campo Novo do Parecis, Antônio César Brólio, afirma que “o ganho do produtor vai ser pouco, a não ser que ele consiga colher uma média muito boa. Esses preços de R$ 46, R$ 47 não são atrativos, mas não temos muita opção”. Canal Rural Mato Grosso Janela de plantio em risco Regiões como Campo Novo do Parecis projetam cerca de 200 mil hectares para milho após a soja. Apesar de 80% da área já plantada com soja, a irregularidade das chuvas ainda gera atraso e risco para a safra de milho que se inicia em janeiro. “A janela da soja está no limite. Quem plantar agora já corre risco e quem apostar no milho pode acabar fora da janela ideal. No final, como sempre, a gente depende muito do clima”, alerta Brólio. Canal Rural Mato GrossoNo extremo norte e no sudeste de Mato Grosso, produtores relatam sequências de até 15 dias sem chuva, fato que já motivou a montagem de força-tarefa no campo para ganhar tempo. É o caso de Diego Bertuol, que adotou plantio em turno contínuo para preservar a janela ideal do milho. Canal Rural Mato Grosso Outro produtor da região de Jaciara, Everton Jorge Schinoca, comenta que a família pode até “mudar parte da área por outra cultura” caso o atraso se confirme: “quanto mais a gente delonga o plantio, menos janela de chuvas temos lá na frente”. Canal Rural Mato Grosso O que isso significa para o agro de Mato Grosso Para quem atua no campo: recomendações práticas Este cenário reforça que, no agro, a combinação entre tempo de plantio, condição climática e controles de custo continua sendo decisiva para o sucesso da safra. Em regiões como Mato Grosso, onde a dependência da janela ideal é ainda mais acentuada, o produtor precisa atuar com agilidade e planejamento.

Estabelecimento Inicial da Soja na Região de Jataí: Desafios e Cuidados na Safra 2025/26

Um início de safra marcado por incertezas e decisões que exigem cautela As condições climáticas deste início de safra apresentam um cenário bem diferente do observado no último ano. O acumulado de chuvas está significativamente menor, comprometendo as condições ideais de solo e aumentando a apreensão dos produtores. Em 2024, o plantio começou logo após o final do vazio sanitário da soja (25 de setembro), impulsionado por um regime de chuvas favorável — o que não se repete em 2025. Diante desse cenário, muitos produtores veem seu planejamento ameaçado e, em alguns casos, acabam tomando decisões movidas pela emoção. Em anos de margens mais apertadas e custos elevados, qualquer erro técnico pode representar um impacto financeiro relevante. O custo de um replantio: um alerta real Hoje, um replantio de soja pode custar entre 15 e 18 sacas por hectare. Com a cotação média da soja em torno de R$115 por saca, esse custo adicional varia entre R$ 1.725,00 e R$ 2.070,00/ha. Para áreas arrendadas, essa despesa pode consumir praticamente todo o lucro previsto — tornando o planejamento e o acompanhamento técnico ainda mais essenciais. Além disso, quando há necessidade de replantio, o produtor muitas vezes não encontra a cultivar ideal para o seu cronograma de colheita, precisando se adaptar ao que está disponível no mercado. Essa falta de padronização pode comprometer a logística e o desempenho produtivo. Custeio rural e resiliência do produtor Outro ponto de preocupação vem das políticas públicas de crédito rural, que enfrentam desafios como juros elevados e exigência de garantias mais rígidas. Esse cenário reduz a segurança financeira e exige ainda mais preparo técnico e estratégico por parte do produtor. Como resultado, a palavra “resiliência” volta a ganhar força no vocabulário do campo — e, mais do que nunca, informação e planejamento se tornam os principais aliados da produtividade. A importância da orientação técnica regional Segundo o consultor Alessandro Faustino, “quando o produtor procura uma consultoria, é porque ele quer fazer um ajuste fino em suas atividades”. Essa busca por orientação técnica demonstra a maturidade do produtor que entende que cada detalhe pode fazer diferença em um ano de instabilidade climática e econômica. A Assistec Agrícola, com mais de 20 anos de atuação em Jataí e região, reforça seu compromisso em oferecer consultoria especializada e regionalizada, unindo experiência prática e conhecimento técnico para ajudar o produtor a minimizar riscos e otimizar resultados. Informação, técnica e estratégia: os pilares da produtividade A Assistec acredita que decisões assertivas nascem de dados e experiência de campo. Por isso, o acompanhamento técnico contínuo — aliado a práticas de agricultura de precisão, análise de solo georreferenciada e planejamento financeiro e jurídico — é essencial para atravessar períodos desafiadores como este.

Exportações brasileiras de grãos aceleram na 4ª semana de outubro com projeção recorde para o mês

Soja e milho puxam o volume total de embarques, com expectativa de superar em mais de 3,4 milhões de toneladas o total de produtos exportados em outubro de 2024. O fluxo de exportação de grãos e derivados do Brasil ganhou novo impulso na semana 42 de 2025, de 19 a 25 de outubro, conforme o boletim mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC). A performance foi marcada por uma aceleração notável nos volumes de soja e milho, reforçando a performance de 2025. Na 4ª semana de outubro, o milho foi o principal destaque, com embarques que totalizaram 2.009.332 toneladas, um volume significativamente maior em relação às 1.437.346 toneladas da semana anterior. As exportações de soja também cresceram, somando 1.864.454 toneladas, superando as 1.660.345 toneladas registradas na semana 41. O farelo de soja, por sua vez, movimentou 440.243 toneladas. O ritmo forte de escoamento sugere um fechamento de mês robusto, já que as projeções da ANEC indicam que o mês de outubro de 2025 deve registrar um volume total de exportação de 16.003.047 toneladas dos produtos monitorados (soja, farelo, milho e trigo). Essa estimativa aponta um aumento de mais de 3,4 milhões de toneladas em comparação com as 12.563.220 toneladas exportadas em outubro de 2024. A soja lidera essa projeção de alta, com expectativa de alcançar 7.342.360 toneladas em outubro de 2025, o que representa um aumento de mais de 2,9 milhões de toneladas em relação às 4.435.129 toneladas de soja embarcadas no mesmo período do ano anterior. No balanço consolidado, o acumulado de janeiro a setembro de 2025 já supera os volumes de 2024 para os principais commodities. As exportações de soja atingiram 95,07 milhões de toneladas em 2025, ultrapassando os 89,05 milhões de toneladas de 2024. Da mesma forma, o farelo de soja cresceu para 17,40 milhões de toneladas em 2025 (contra 16,86 milhões de toneladas em 2024) e o milho alcançou 23,95 milhões de toneladas (frente a 23,62 milhões de toneladas no ano anterior). Apenas o trigo registrou uma retração no acumulado, com o volume de 1,48 milhão de toneladas em 2025 ficando abaixo dos 2,18 milhões de toneladas de 2024.

Análise CNA destaca recorde na produção de grãos e retomada do PIB do agro em 2025

Brasília (09/10/2025) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou a edição de setembro do boletim “Análise CNA”, elaborado pelo Núcleo de Inteligência de Mercado, com informações atualizadas sobre grãos, hortifruti, pecuária, clima, comércio internacional e economia. O estudo aponta que a safra 2025/2026 deve alcançar 353,8 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 1% em relação à temporada anterior. O crescimento é impulsionado pela ampliação da área plantada e pela expectativa de um clima mais favorável ao plantio no Centro-Oeste e no Matopiba. Apesar dos custos elevados e das incertezas climáticas, o relatório destaca a resiliência dos produtores rurais brasileiros. No setor hortifruti, a Produção Agrícola Municipal (PAM) de 2024, divulgada pelo IBGE, registrou crescimento de 5,5% no valor da produção de hortaliças, totalizando R$ 52,1 bilhões. O destaque foi a batata-inglesa, com aumento de 57% nos preços. Já a fruticultura alcançou R$ 102,9 bilhões, alta de 34,1%, puxada pelos valores da laranja e do cacau, cujos preços subiram mais de 100% e 180%, respectivamente, em razão de restrições de oferta e forte demanda industrial. Na pecuária, o relatório mostra que o rebanho bovino teve leve recuo após cinco anos de crescimento, enquanto aves e suínos ampliaram seus plantéis, sustentados por maior demanda e exportações. A produção de leite, ovos e mel atingiu recordes históricos em 2024. A aquicultura também avançou, com expansão de 13% na tilápia e 15% no camarão, consolidando o setor como uma das novas fronteiras do agronegócio brasileiro. O boletim aponta ainda que o clima segue neutro, mas há 60% de probabilidade de ocorrência do fenômeno La Niña até dezembro. Caso se confirme, a expectativa é de estiagens no Sul e aumento das chuvas no Centro-Norte, o que pode afetar a produtividade regional. No comércio internacional, as exportações do agro seguem pressionadas pelo tarifaço americano, que reduziu em 50% a competitividade da carne bovina brasileira nos EUA. Apesar disso, o país ampliou embarques para México, Europa e China. As exportações de café caíram 19% em volume total, e 21% especificamente para os Estados Unidos. O cenário econômico traz um PIB da agropecuária 10,1% maior em comparação a 2024 e um Valor Bruto da Produção (VBP) estimado em R$ 1,49 trilhão em 2025. A inflação de alimentos caiu pelo terceiro mês consecutivo, e o Plano Safra 2025/2026 apresenta liberações de crédito mais lentas, especialmente para custeio e investimento. A publicação também destaca a realidade dos produtores do Rio Grande do Sul, que enfrentam as consequências das estiagens e enchentes recentes. Muitos têm optado por culturas de menor custo, como aveia, canola e carinata, além de ampliar o uso da irrigação para reduzir riscos climáticos.

Grãos/AgRural: plantio da safra de soja 2025/26 atinge 24% no Brasil ante 14% na semana anterior

São Paulo, 20/10/2025 – A área estimada para a soja na safra 2025/26 do Brasil estava 24% semeada até quinta-feira passada (16), de acordo com levantamento da AgRural. O número representa avanço de 10 pontos sobre os 14% da semana anterior e supera os 18% de um ano atrás, embora siga abaixo dos 30% semeados há dois anos. Segundo a AgRural, o avanço registrado na semana passada foi favorecido por chuvas que chegaram em boa hora aos três Estados do Centro-Oeste do País, onde a área já plantada dobrou em uma semana. “Com mais umidade, a semeadura ganhou força extra em Mato Grosso, que ultrapassou o Paraná pela primeira vez nesta safra, tomando a dianteira entre os Estados”, destacou. Milho verão O plantio do milho verão 2025/26 (primeira safra) alcançou na quinta-feira 51% da área estimada para o Centro-Sul do Brasil, em comparação com 45% uma semana antes e 48% no mesmo período do ano passado, segundo dados da AgRural. Com os trabalhos perto do fim nos três Estados do Sul, o foco agora fica em São Paulo, Minas Gerais e Goiás, que estão começando a plantar.

Informe Semanal | Mercado & Agro

Agricultura de ponta e informações privilegiadas sempre aqui para você Chegou o Informe Semanal da Bayer — aqui você se atualiza sobre os principais acontecimentos do agronegócio. Vem com a gente! Câmbio e cenário macro O dólar apresenta queda nesta segunda-feira (13), sendo cotado em torno de **R$ 5,47** (–0,9 %), refletindo alívio nas tensões comerciais após declarações conciliadoras do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o relacionamento com a China. Principais preços — 13/10 AÇÚCAR: R$ 117,05 / saca (+0,5 %) SOJA: R$ 137,19 / saca (+0,7 %) MILHO: R$ 65,21 / saca (+0,7 %) ALGODÃO: 64,01 cU$/libra-peso (–2,1 %) * Variação em relação à última semana. Clima e condições meteorológicas Uma frente fria avança pelo interior do Brasil, provocando chuvas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Os volumes são variados e mal distribuídos ao longo da semana, favorecendo o plantio da soja, especialmente em MT e GO. Na Região Sul, o início da semana será marcado por tempo firme e temperaturas amenas, sem chuvas. No entanto, a partir de 17/10, o sistema frontal avança sobre o RS e pode se espalhar pelas demais áreas até o final de semana, o que pode atrapalhar os tratos finais nas lavouras de trigo. Regiões Norte e Nordeste seguem com tempo firme e temperaturas elevadas na fronteira agrícola do MATOPIBA. Soja: avanço da semeadura e mercado O plantio da safra 2025/26 avança para cerca de **15 %** da área nacional. Destaque para o Paraná, que já atinge cerca de **40 %** de semeadura. No Centro-Oeste, o Mato Grosso está com 24 %, e a previsão de chuvas pode acelerar o avanço para 50 %. As lavouras iniciais têm boa distribuição e bom desenvolvimento em muitos casos; replantios estão dentro do esperado. No mercado externo, a China ainda mantém baixa compra dos EUA, favorecendo as exportações brasileiras, que somaram 108,5 milhões de toneladas. No mercado interno, os preços seguem pressionados, mas os prêmios firmes e as melhorias nas trocas por fertilizantes sustentam a comercialização. Milho: primeira safra e cenário global O plantio do milho de verão segue adiantado, com destaque para o Paraná (88 %), seguido pelos estados do Sul: RS (75 %) e SC (71 %). Apesar de excesso de chuvas no Sul em alguns locais, as condições iniciais são boas. A produção nacional esperada é de 25,6 milhões de toneladas, com produtividade dentro da média esperada. No mercado externo, os embarques brasileiros foram ajustados de 41,4 para 39,6 milhões de toneladas, refletindo maior demanda interna para etanol. Nos EUA, a expectativa é de uma safra recorde de 426 milhões de toneladas, o que pressiona os preços globais. Algodão: comercialização e safra futura A comercialização da safra 2024/25 alcança já cerca de 71 %, mas enfrenta queda de 12 % nos preços domésticos e demanda enfraquecida. Externamente, estoques elevados nos EUA e tarifas sobre produtos têxteis pressionam os preços. Ainda assim, o Brasil mantém competitividade pela eficiência produtiva. Para 2025/26, os produtores já adquiriram 86 % dos fertilizantes, 73 % das sementes e 64 % dos defensivos. Trigo: colheita e margens A colheita nacional já cobre aproximadamente 31 % da área plantada, com produção estimada em 8,2 milhões de toneladas — ligeiramente acima da safra anterior. Embora as margens não sejam tão negativas como no ano passado, continuam restritas — inferiores a R$ 200/ha em diversas regiões, como o PR Campos Gerais. Os preços internacionais seguem pressionados pelos altos estoques nos EUA e pela boa oferta na Argentina, cuja colheita está prevista em 19,7 milhões de toneladas. Arroz: plantio e rentabilidade O plantio do arroz atinge cerca de 13 % da área nacional, estimando-se uma produção de 11,3 milhões de toneladas. A rentabilidade vem em queda: com média próxima de R$ 562/ha no RS — comparada aos R$ 1.215/ha na safra anterior — há indicativo de migração para soja em áreas tradicionais de arroz no estado. Os preços domésticos estão inferiores a R$ 60 por saca, frente aos valores acima de R$ 90 observados no início do ano. As informações deste informe são de autoria do time de inteligência de mercado da Bayer e baseiam-se em fontes como MBAgro, Agroconsult, CONAB, StoneX, entre outras..

Boletim Técnico Assistec Agrícola – Outubro de 2025

Uso de sementes certificadas, controle de percevejos, previsão de chuvas e eficiência de fungicidas: o que muda no início da safra e como posicionar o manejo para manter produtividade e qualidade de grãos e sementes. Uso de sementes certificadas contribui para melhor estabelecimento e produtividade Embora o ambiente também interfira no estabelecimento da cultura, estudos indicam que cerca de 50% do sucesso inicial está ligado diretamente à qualidade das sementes. Mesmo com a reconhecida plasticidade da soja, reduções de população podem levar a perdas substanciais de produtividade. Pesquisas recentes mostram correlação positiva entre maiores densidades de plantas e rendimento em cultivares como BMX Potência RR® e TMG 7161 RR® (Silva et al., 2021; Dörr et al., 2023). Assim, assegurar lotes com alto vigor e pureza é determinante para alcançar populações adequadas e preservar o potencial produtivo. Dica técnica Assistec: priorize sementes com alto poder germinativo, vigor e classificação por tamanho, comprovados em tags e boletins do lote. Ajuste a regulagem de semeadora para uniformidade de deposição e profundidade. Além de favorecer a emergência, o uso de sementes certificadas reduz a introdução de patógenos e plantas daninhas via sementes contaminadas — um risco comum em lotes “salvos” ou de baixa pureza, incluindo espécies de cobertura. QUIZ 1 – Quais são os atributos de uma semente de qualidade? Nota ENOS: o estado do ENOS (El Niño/La Niña) pode afetar janelas de semeadura e estabelecimento. Ajuste o planejamento conforme o regime local de chuvas e temperatura. Percevejos em soja: posicionamento de inseticidas e momento de aplicação aumentam a eficácia Os percevejos causam danos expressivos sobretudo nas fases reprodutivas. Entre R4 (vagem completamente desenvolvida) e R6 (grão cheio), o impacto é direto na produtividade e na qualidade industrial/seed. Nível de ação: para grãos, iniciar controle químico a partir de 2 percevejos/m²; para seed, 1 percevejo/m² do R4 ao R6 (Roggia et al., 2020). Conforme diretrizes do IRAC-BR, independentemente do produto, observam-se melhores resultados quando as aplicações são feitas no início da manhã, evitando condições de estresse térmico/hídrico da planta e melhorando a performance do inseticida. Atenção: a condição ambiental é decisiva. Evite aplicações sob estresse. Integre amostragem frequente, bordaduras, manejo de plantas daninhas-hospedeiras e rotação de modos de ação. QUIZ 2 – Quais são as principais espécies de percevejo na soja? Boletim climático: primeiros 15 dias de outubro A concentração de chuvas no Sul em setembro reduziu a umidade do solo em parte da região Central. Para o início de outubro, projeta-se volumes expressivos no Sul e baixa precipitação no Leste e Nordeste, o que pode limitar o avanço da semeadura e o estabelecimento inicial. Recomendação Assistec: utilize histórico da área, monitoramento diário e previsões de curto prazo para definir janelas de plantio e ajustes de densidade conforme umidade e temperatura do solo. Eficiência de fungicidas no controle de doenças em soja Ensaios cooperativos em rede (Rede Fitossanidade Tropical e Embrapa, séries 2003/04 → recentes) consolidam médias de eficácia de modos de ação e combinações no controle das principais doenças. As classificações refletem aplicações sequenciais em diferentes regiões e não constituem recomendação isolada. Princípios-chave: manejo preventivo, rotação de modos de ação (ex.: triazóis, estrobilurinas, carboxamidas), ajuste por pressão local de inóculo e histórico da área. Doença-alvo Ingrediente ativo / Modo de ação Eficácia média* (últimas 4 safras) Ferrugem-asiática Carboxamida + Triazol + Estrobilurina Alta Mancha-alvo / Complexo de manchas Estrobilurina + Triazol Média a Alta Oídio / Mildio Triazol / Multi-site Média *Classificação indicativa com base em médias de ensaios de rede; utilize dentro de um programa de manejo e protocolos locais. Consulte sempre os rótulos e as recomendações técnicas. Quer se tornar um expert em produção de sementes? Mentoria com Alexandre Gazolla: do campo de produção ao cliente final, passo a passo para elevar padrão e qualidade. Garantir minha vaga Referências Assistec Agrícola – Produtividade é o nosso alvo. Atuação técnica e agricultura de precisão no Sudoeste Goiano desde 2003.

Capim-pé-de-galinha: o risco silencioso que cresce no inverno

O capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) é uma planta daninha comum nas lavouras brasileiras — e talvez por isso mesmo, muitas vezes subestimada. Mas a verdade é que, quando negligenciado no período de entressafra, esse capim rasteiro pode se transformar em um problema sério na implantação da próxima safra. Com resistência registrada ao glifosato e a inibidores da ACCase e ALS, o pé-de-galinha exige estratégias inteligentes e bem aplicadas no inverno. 🌱 Por que o capim-pé-de-galinha preocupa tanto? Essa gramínea anual de crescimento prostrado se adapta a ambientes compactados, solos pobres e temperaturas elevadas. Algumas características que aumentam o risco: Além disso, já existem biótipos comprovadamente resistentes ao glifosato e a diversos inibidores de ACCase e ALS, tornando o manejo químico cada vez mais desafiador. ❌ O que não fazer Essas ações só favorecem a infestação e aceleram a evolução da resistência. ✅ O manejo eficiente no inverno O inverno oferece uma janela excelente para agir de forma estratégica. 1. Controle químico 👉 Importante: a escolha do produto deve considerar o tipo de solo, cultura sucessora e teor de matéria orgânica para evitar fitotoxicidade. 2. Controle cultural 3. Controle mecânico (pontual) 📌 Conclusão: capim baixo, prejuízo alto O capim-pé-de-galinha pode parecer inofensivo à primeira vista, mas a sua presença contínua e resistência crescente o tornam uma ameaça à estabilidade produtiva da lavoura. Se o produtor agir agora, no inverno, com uma abordagem integrada (química, cultural e preventiva), os riscos para a safra seguinte caem drasticamente. 📞 Precisa de ajuda para montar seu plano de manejo? A equipe da Assistec Agrícola está pronta para orientar a melhor estratégia contra o capim-pé-de-galinha, com base na realidade do seu solo, no seu sistema de produção e nas características da área. Não espere o capim fechar o talhão. Aja antes. Aja com técnica.