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Uso de inoculantes na cultura de soja pode gerar economia de US$ 37 bi por ano ao setor

De acordo com Paula Cerezini, analista de produtos inoculantes da Rizobacter do Brasil, o uso de inoculantes torna a agricultura mais sustentável e economicamente viável

O uso de inoculantes no cultivo da soja vem crescendo cada vez mais entre os produtores, em especial por se tratar de uma alternativa mais sustentável do que os fertilizantes industriais, que são produzidos a partir de insumos minerais e dependem da queima de milhares de barris de combustíveis fósseis. Estudo da Embrapa indica que o setor pode economizar em todo o mundo cerca de US$ 37 bilhões por ano com a redução nos custos operacionais e nos prejuízos provocados pelo impacto ambiental causado pelo uso de produtos químicos.

De acordo com Paula Cerezini, analista de produtos inoculantes da Rizobacter do Brasil — multinacional líder em microbiologia agrícola –, o uso de inoculantes torna a agricultura mais sustentável e economicamente viável. “São produtos que agem diretamente na raiz das plantas, favorecendo sua nutrição por meio de uma relação de simbiose, ou seja, a bactéria utilizada no produto recebe energia gerada pela fotossíntese e, em troca, solubiliza o insumo agrícola presente no solo, que pode ser nitrogênio, fósforo, entre outras substâncias que a planta não consegue captar naturalmente”, explica. “Essa relação não representa nenhum risco ao meio ambiente e estimula o crescimento da planta, bem como auxilia no aumento da produtividade”, completa.

A empresa, que é referência nacional no mercado de bioinsumos, desenvolveu o Inoculante LLI, primeiro Inoculante Longa Vida com formulação líquida para ser aplicado no tratamento de sementes industrial (TSI) e que possui compatibilidade com diversos defensivos químicos, micronutrientes e produtos biológicos aplicados sobre a semente. Atualmente, o produto ocupa mais de 80% do mercado de tratamento de sementes pela indústria no Brasil.

Com o LLI, é possível ter homogeneidade na aplicação. Além disso, o micro-organismo usado com exclusividade pela, Rizobacter (Bradyrhizobium japonicum) se torna mais resistente pelo próprio manejo mais profissionalizado. “Outro ponto positivo é que com apenas uma aplicação, a semente pode ser armazenada por muito mais tempo sem perder sua capacidade produtiva, reduzindo ainda mais o custo para o agricultor e aumentando seu rendimento. Sem dúvida, faz bastante diferença usar produtos que reduzam custos e aumentem sua produtividade. Esse é o nosso objetivo”, finaliza.

Fonte:  Renan de Figueiredo Pereira

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