assistecagricola

Timeseg - sex: 07:30 às 11:30 e das 13:00 às 18:30

Tudo começa por uma boa semeadura

A semente certa, semeada na hora certa, no lugar certo é o princípio de uma lavoura com possibilidade de grande produtividade.

É nesse contexto que surge o termo plantabilidade, que diz respeito ao espaçamento, profundidade e disposição desse material em campo a fim de obter um bom estande de plantas.

É preciso que o produtor entenda que a semeadura é uma das fases, se não a fase, mais importante da safra. Pois, um plantio mal feito é irreversível e gera prejuízos certos naquela safra, uma vez que uma planta disposta fora do espaçamento pode gerar competição com as  demais, uma semente muito profunda ou muita rasa pode ser problema no momento da emergência que ocasionará emergências em momentos diferentes, gerando uma lavoura desuniforme; além disso, temos uma condição mais grave: as falhas ou duplagens de sementes causadas por distribuição excessiva ou deficiente de sementes.

No caso das falhas, a ausência de uma planta por metro linear, por exemplo, gera um enorme prejuízo pois será pelo menos uma espiga a menos por metro no caso do milho, por exemplo. Já no caso das duplagens, as sementes duplas competem por espaço, luz, água e nutrientes e uma será dominada pela outra. Essa planta dominada, geralmente nem produzirá.

Se no plantio do milho, você tiver uma falha a cada 5 m, consideramos perda de 1 planta, que formaria pelo menos 1 espiga.

Considerando que essa espiga padrão possuirá média de 500 a 800 grãos, pesando de 200 a 430 mg cada um, têm-se uma perda mínima de 600 kg de grão por hectare ou 10 sacas/hectare. Considerando o valor da saca de milho definido pelo Cepea para o início de outubro de 2019, que é de aproximadamente R$ 40,00, o produtor teria um prejuízo de R$400,00/ ha. Que totaliza R$40.000,00 em 100 ha.

No caso da soja, essa falha não seria tão expressiva porque essa cultura, se cultivada em boas condições, tem a capacidade de compensar a falha de uma planta pela produtividade das demais próximas a elas. Capacidade essa que o milho não possui.

No caso da soja (supondo que ela não compensasse a produção por meio das outras plantas), o exemplo seria o seguinte: com uma população de 320 mil plantas/ha, totalizando 16 plantas/metro linear, considerando a falha de 1 planta/metro, um produtor que teria 64 sacas/ha de produtividade, teria uma redução de 240 kg/ha ou 4 sacas/ha na produtividade. Com valor médio da saca de R$80,00, o produtor teria um prejuízo de R$320,00/ha, que totaliza R$32.000,00 em 100 ha, por exemplo.

A regulagem e manutenção da semeadora é indispensável. Vale ressaltar que a manutenção do equipamento é responsável pela precisão no plantio, aumento de rendimento e vida útil. A manutenção deve ser feita a cada entressafra a fim de verificar o desgaste de peças, problemas  com o maquinário e possíveis correções a serem feitas. As regulagens e componentes devem ser inspecionados diariamente durante todo o plantio para que o equipamento tenha o desempenho desejado.

É preciso também avaliar, no momento da regulagem, o espaçamento entre linhas e a profundidade do disco de corte. Ainda é necessário fazer  a escolha correta dos discos e anéis de plantio a depender da cultivar utilizada. Além disso, é preciso ficar atento a velocidade de semeadura que influencia diretamente na deposição da semente na linha.

Fonte/ Crédito: Agro Mulher Por Marluce Corrêa Ribeiro

Outras Notícias

Trabalhe Conosco

Se você estiver interessado ou tiver alguma dúvida, envie-nos uma mensagem.

    Currículo