A última análise fornecida pela Grão Direto oferece informações importantes sobre o mercado global da soja, destacando movimentos significativos e projeções para o futuro próximo.
Desempenho atual do mercado
Os números apontam para uma redução nas previsões de produção de soja no Brasil, fixando-se em 154 milhões de toneladas, enquanto permanecem estáveis na Argentina e nos EUA. Paralelamente, os estoques finais globais diminuíram em 2,44 milhões de toneladas, indicando um aumento na demanda.
A decisão do Banco Central brasileiro de reduzir o ritmo de diminuição da taxa básica de juros, cortando a Selic em 0,25 pontos percentuais, também é um ponto de destaque.
No mercado de Chicago, o contrato de soja para maio de 2024 fechou a U$12,19 o bushel (+0,25%), impulsionado pela alta do dólar no mercado brasileiro, que atingiu R$5,16 (+1,78%). O contrato com vencimento em março de 2025 acompanhou a mesma tendência e fechou a U$12,13 o bushel (+0,41%).
Perspectivas futuras
As previsões meteorológicas apontam para uma semana chuvosa nos EUA, o que pode afetar o ritmo de plantio, especialmente na região Centro-Sul do cinturão produtor. Apesar da desaceleração observada na semana passada devido às chuvas, espera-se uma recuperação do ritmo de plantio nesta semana.
No Brasil, as exportações de soja devem diminuir em cerca de 8% em maio, atingindo 13,2 milhões de toneladas, de acordo com projeções da Anec.
Enquanto isso, o estado do Rio Grande do Sul permanece em estado de alerta devido aos possíveis impactos adversos nas colheitas, estimando-se perdas entre 1 e 3 milhões de toneladas, o que pode reduzir ainda mais a projeção da safra nacional.
Impacto do Dólar
O ajuste na taxa de juros brasileira para 10,25% ao ano gera preocupações em relação às políticas fiscais do governo, que podem afetar a valorização do dólar. Indicações de interferência podem resultar na fuga de capital estrangeiro do país.