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Rachiplusia nu ‘acendeu luz amarela’ também na Bahia, relata consultor e pesquisador da região Oeste do Estado

Já detectada com elevada pressão em vários pontos do país, praga trouxe fortes indícios de que resiste a variedades com biotecnologias importantes

Pesquisador com mais de 30 anos de experiência, o engenheiro agrônomo Luis Kasuya, à frente da Kasuya Inteligência Agronômica, afirmou na última semana que a lagarta Rachiplusia nu “acendeu à luz amarela” no Oeste da Bahia. “Ela não tomou proporção na safra, mas já começamos a alertar sobre possíveis avanços da praga. O produtor tem de estar atento e monitorar sua lavoura de soja IPRO ou convencional”, diz. Segundo ele, a IPRO conta com recomendação em bula somente para Chrysodeixis includens (falsa-medideira).

Conforme o pesquisador e consultor, no ano passado a Kasuya Consultoria fez uma aplicação estratégica de inseticida em alguns talhões, em virtude da presença da Rachiplusia nu, numa área da oleaginosa na Bahia monitorada pela empresa. “A lagarta pode trazer alto índice de desfolha às variedades IPRO, hoje adotadas quase unanimemente pelo sojicultor do Oeste baiano. A Rachiplusia nu tende a se tornar um problema”, afirma Kasuya.

Para o pesquisador, tanto para manejo da Rachiplusia nu como de outras lagartas, “a exemplo da Spodoptera frugiperda”, o produtor e seus consultores devem avaliar, antecipadamente, quais biotecnologias adotar. “Essa medida é muito importante. Enfatizemos: o monitoramento integrado de pragas, o MIP, é essencial, indispensável nos dias de hoje.”

No mês passado, por sinal, várias consultorias atuantes na fronteira agrícola, entre estas Agrotec, Assist e Desafios Agro, também reportaram registros de presença e pressão da Rachiplusia nu, principalmente em lavouras dos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Paraná.

Ação desfolhadora

Kasuya enfatiza que a Rachiplusia nu pode voltar a ganhar relevância na relação de pragas potencialmente danosas à sojicultura brasileira. “Se ela entrar na lavoura na fase vegetativa, será fácil controlar, porque a cultura fica exposta”, afirma. Entretanto, complementa, “se aparecer na reprodutiva, quando a soja ‘fechou’, a praga se deslocará ao meio e haverá necessidade de mudar a estratégia, inclusive a tecnologia de aplicação”.

O consultor esclarece ainda que por se tratar de uma lagarta com ação desfolhadora, é fundamental evitar perdas foliares na cultura. “Variedades mais modernas de soja têm baixo índice de área foliar (IAF). Frente a isso, recomendamos preservar a área foliar das plantas, bem como manter elevadas as taxas fotossintética e da massa de mil grãos (MMS). Tais fatores interferem positivamente na produtividade de lavouras”, conclui Kasuya.

Luis Kasuya figura entre pesquisadores de renome que atualmente avaliam o desenvolvimento de uma solução da AgBiTech Brasil, à base de baculovírus, específica para controle da lagarta Rachiplusia nu. “Nossa ideia é colocar a pesquisa em primeiro lugar. Se for bom para o produtor, vamos recomendar”, finaliza ele.

Desde 2002, a AgBiTech fornece produtos consistentes, de alta tecnologia, que ajudam a tornar a agricultura mais rentável e sustentável. A empresa combina experiência a campo com inovação científica. Trabalha com agricultores, consultores e pesquisadores e desenvolve soluções altamente eficazes para manejo de pragas agrícolas. Controlada pelo fundo de Private Equity Paine Schwartz Partners (PSP), a AgBiTech fabrica toda a sua linha de produtos na mais moderna unidade produtora de baculovírus do mundo, em Dallas (Texas, EUA).  www.agbitech.com.br

Fonte: Fernanda Campos

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