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Qual a importância dos herbicidas pré-emergentes?

Estabelecer a lavoura “no limpo” é uma das principais estratégias para reduzir a matocompetição nas fases iniciais do cultivo, favorecendo o bom arranque e o desenvolvimento uniforme da cultura no campo. No entanto, em áreas com alta infestação de plantas daninhas, especialmente sob o sistema de plantio direto, o uso de herbicidas pré-emergentes torna-se fundamental para reduzir a infestação inicial e permitir que a cultura tenha vantagem competitiva.

Os herbicidas pré-emergentes atuam principalmente sobre o banco de sementes do solo, afetando sementes que estão iniciando o processo de germinação. Ao inviabilizarem essa germinação, esses produtos reduzem os fluxos iniciais de emergência de plantas daninhas, contribuindo para um ambiente mais limpo e menos competitivo durante as fases iniciais do desenvolvimento da cultura agrícola.

plantas daninhas

Além disso, os herbicidas pré-emergentes contribuem para a redução da pressão de controle de plantas daninhas na pós-emergência da soja, favorecendo o controle de espécies dificilmente controlada por herbicidas pós-emergentes seletivos. No entanto, para resultados satisfatórios,  o emprego dos herbicidas pré-emergentes deve seguir alguns critérios, como características do solo, o espectro de plantas daninhas presentes na área e as propriedades físico-químicas do produto.

Sobretudo, apesar das múltiplas variáveis envolvidas, quando corretamente posicionados e manejados, os herbicidas pré-emergentes são ferramentas estratégicas no manejo integrado de plantas daninhas, contribuindo significativamente para a redução da matocompetição nas fases iniciais do cultivo.

Eficiência de fungicidas para o controle doenças de final de ciclo da soja (DFC)

Para auxiliar técnicos e produtores no posicionamento de fungicidas, ensaios para comparar da eficiência de fungicidas no controle das DFC vêm sendo conduzidos na rede de experimentos cooperativos desde a safra 2020/2021. Embora não constituam recomendações de manejo, os resultados obtidos nesses ensaios contribuem para um melhor posicionamento de fungicidas no manejo fitossanitário da soja, visando um controle eficiente das doenças e o manejo da resistência dos fungos aos fungicidas (Godoy et al., 2025).

No ensaio realizado na safra 2024/2025, foram instalados 19 experimentos por 18 instituições, contemplando os estados de Goiás, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Bahia e Tocantins. De acordo com Godoy et al. (2025), o protocolo utilizado nos experimentos consistiu no estabelecimento de aplicações sequenciais de fungicidas iniciando aos 35 dias após a emergência (35 DAE) e repetidas a cada 14-18 dias, sendo a última aplicação fixada em R5.3 – R5.4, para residual dos produtos até o final do ciclo.

De acordo com os resultados obtidos nos ensaios realizados na safra 2024/2025 e apresentados por Godoy e colaboradores 2025, todos os tratamentos apresentaram severidade de DFC inferior à testemunha sem fungicida (Tabela 2). Entre os fungicidas multissítios isolados, o tratamento com clorotalonil (T2 – Previnil Max) apresentou menor severidade e maior porcentagem de controle (57%) quando comparado ao tratamento com mancozebe (T6 – Tróia, 48%). As menores severidades e maiores porcentagens de controle ocorreram nos tratamentos com fungicidas metiltetraprole + difenoconazol e mancozebe (T8 – 75% de controle) e metiltetraprole + difenoconazol (T7 – 75%), seguido de Curatis (T10 – 68%), do programa FRAC (T12 – 66%), Evolution (T9 – 66%) e Sugoy (T5 – 66%).

DFCs

Com relação as repostas produtivasGodoy et al. (2025) destacam que as maiores produtividades foram observadas para os tratamentos com metiltetraprole + difenoconazol e mancozebe (T8 – 4.419 kg/ha), metiltetraprole + difenoconazol (T7 – 4.412 kg/ ha), com o Programa FRAC (T12 – 4.332 kg/ha), Curatis (T10 – 4.306 kg/ha), metominostrobina + tebuconazol + clorotalonil (T4 – 4.286 kg/ha), Evolution (T9 – 4.259 kg/ha), Nativo Plus/ Patriota (T11 – 4.244 kg/ha) e tebuconazol + clorotalonil (T3 – 4.225 kg/ha), resultando em uma redução da produtividade da testemunha (sem fungicidas) em comparação ao tratamento mais produtivo (T8) de 22%.

Confira a Circular Técnica  clicando aqui!.

QUIZ 1 – Quais as principais DFCs da soja?

Coinoculação estimula o desenvolvimento do sistema radicular da soja e aumenta a produtividade da cultura

A coinoculação da soja com essas bactérias (Bradyrhizobium spp. e Azospirillum spp.) é capaz de fornecer todo o nitrogênio necessário para boas produtividades, bem como estimular o crescimento e desenvolvimento das raízes da planta, contribuindo para o aumento da tolerância a estresses e aumento da capacidade da soja em absorver água e nutrientes do solo.

Araujo et al. (2025) verificaram que a coinoculação da soja com Azospirillum brasilense AbV5/AbV6 aumentou a produtividade em 7,4% em relação à inoculação padrão. As estirpes de  Azospirillum brasilense  IH1 e HM210 geraram incrementos adicionais de 4,7% e 7,3%, enquanto a estirpe HM053 apresentou os maiores ganhos, elevando o rendimento em até 25,4% e, em média, 14,2% nas regiões avaliadas.

Além dos ganhos de produtividade, analisando o   efeito  da  coinoculação  com Bradyrhizobium japonicume Azospirillum brasilense no desenvolvimento da soja, Santos et al., (2024) observaram que, a coinoculação da cultura com essas bactérias, possibilita o melhor desenvolvimento de estruturas da planta, em especial do sistema radicular da soja.

coinoculação

Conforme resultados observados pelos autores, o comprimento de raiz, o comprimento dos pelos radicular e o número de nódulos, foram positivamente afetados pela coinoculação da soja, apresentando resultados superiores aos obtidos em soja somente inoculada com Bradyrhizobium e a testemunha (não inoculada).

Logo, a coinoculação da soja também apresenta eficácia para melhorar o desenvolvimento das estruturas da planta de soja, especialmente do sistema radicular das plantas

Como o estádio das daninhas interfere na eficácia do controle?

De modo geral, plantas jovens são mais facilmente controladas por herbicidas pós-emergentes do que plantas adultas. Plantas em estádio de desenvolvimento entre 3 a 4 folhas apresentam boa área foliar para absorção de herbicidas, e também menor capacidade a resistir a ação desses herbicidas, sendo efetivamente melhor controladas.

Conforme observado por Bianchi (2020), espécies daninhas de difícil controle, como a cravorana, apresentam maior suscetibilidade quando manejadas nos estádios iniciais de desenvolvimento (até 15 cm de altura). O autor destaca que, em fases mais avançadas, são necessárias doses mais elevadas de herbicidas para que se obtenha um controle eficaz.

Resultados de pesquisas realizadas pela CCGL demonstram que controles iguais ou superiores a 90% da cravorana no período inicial do seu desenvolvimento (± 20 cm) são obtidos com aplicações únicas com glifosato+2,4-D+saflufenacil (35 g ha-1)+imazetapir, glifosato+2,4-D+flumioxazina+imazetapir e com glifosato+2,4-D+saflufenacil (35 g ha-1)+ diclosulam; enquanto que, para cravorana com ± 35 cm de altura as opções de controle são limitadas, sendo necessário em muitas vezes, realizar aplicações sequenciais para que um controle satisfatório seja observado (Bianchi, 2020).

controle conyza

Resultados similares foram observados por Schneider; Rizzardi; Bianchi (2019), demonstrando a importância do estádio de desenvolvimento para o sucesso do controle químico das plantas daninhas. Conforme resultados observados pelos autores, as plantas de buva com menor estatura (no máximo 5 cm e de 6 cm e 15 cm) são melhor controladas, sendo que, para essas plantas, os tratamentos herbicidas glifosato + saflufenacil, diquate e amônio glufosinato demonstraram resultados satisfatórios de controle.

Logo, pode-se dizer que independentemente do herbicida utilizado na pós-emergência, plantas de menor estatura (jovens), não mais facilmente controladas em comparação a plantas adultas.

QUIZ 2 – Qual o período anterior a interferência de plantas daninhas (PAI) em soja?

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