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Programa Adjuvantes da Pulverização investe em nova estufa, para ampliar pesquisas sobre desempenho de produtos

Área ficará pronta em 60 dias, ao lado do laboratório de adjuvantes do Centro de Engenharia e Automação, do Instituto Agronômico; unidade possibilitará intensificar certificações quanto à funcionalidade de insumos 

Jundiaí (SP) – Com objetivo de acelerar ensaios, análises técnicas e prover certificações atreladas à funcionalidade de adjuvantes agrícolas, o programa ‘Adjuvantes da Pulverização’ anuncia a construção de uma moderna casa de vegetação ao lado de seu laboratório na cidade paulista de Jundiaí. Iniciativa do Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, o programa é financiado com recursos privados.

Adjuvantes constituem produtos químicos adicionados à calda de defensivos agrícolas, no momento da aplicação destes. Tecnicamente, segundo especialistas, os adjuvantes interferem na eficácia da pulverização e também no resultado final do manejo de pragas, doenças e plantas daninhas.

“Adjuvantes têm por função potencializar a pulverização e/ou a ação de defensivos agrícolas nas plantas em geral, agregando efeitos do tipo espalhante, umectante ou penetrante”, resume Hamilton Ramos, pesquisador científico do CEA/IAC e coordenador do programa Adjuvantes da Pulverização.

Conforme Ramos, a casa de vegetação em construção, chamada ainda de “estufa”, ficará pronta em 60 dias. A nova unidade de pesquisas, acrescenta ele, permitirá estender a amplitude de análises acerca da funcionalidade de adjuvantes agrícolas sobre cultivos como feijão, milho, soja e outros. “Teremos condições de reproduzir, na estufa, aos ambientes de produção de cultivos cujos ciclos reprodutivos, em nível de campo, ocorrem em diferentes épocas”.

Ainda de acordo com o pesquisador, a demanda por consultas ao laboratório do programa Adjuvantes da Pulverização aumentou representativamente nos últimos dois meses, sobretudo após uma grande cooperativa do setor passar a exigir laudos de funcionalidade, expedidos pelo CEA/IAC, para fabricantes e fornecedores de adjuvantes agrícolas. 

Ramos destaca que adjuvantes agrícolas fabricados no Brasil não contam com registro no Ministério da Agricultura. “Não há controle regulatório, daí a necessidade de o próprio mercado buscar meios para assegurar a qualidade de produtos do gênero comercializados no País”, diz ele. “Associar um adjuvante de funcionalidade duvidosa a um defensivo agrícola de boa qualidade pode pôr a perder o investimento no controle de pragas, doenças e plantas daninhas”, finaliza Hamilton Ramos.

Fonte: Bureau de Ideias

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