Em meio à um cenário complicado para a comercialização da soja, o produtor brasileiro já negociou 45% do total colhido na safra 2023/24 e vem segurando a vendas dos 55% restantes diante de preços baixos para as negociações.
Mas segundo Ênio Fernandes, Consultor em Agronegócio da Terra Agronegócios, boas oportunidades de comercialização podem aparecer para o produtor brasileiro entre os meses de junho e julho.
Fernandes explica que agora o foco do mercado começa a se voltar totalmente para o desenvolvimento da safra dos Estados Unidos, que começará a ser plantada em breve. Na visão do consultor, neste período é normal acontecer variações de preços acompanhando o clima para o plantio nos EUA e boas oportunidades de venda podem aparecer.
“Muita atenção aos meses de junho e julho. Vão ter oportunidades para vender a safra que já colheu e proteger os preços para safra que vem, principalmente na compra de um defensivo agrícola, um fertilizante. Se a relação de troca for historicamente favorável faça a troca, venda a sua soja para pagar esse produto, aí você protege a sua margem para o próximo ano”, aponta Fernandes.
MILHO
Olhando para a segunda safra de milho, o consultor ressalta que a maior parte das regiões produtoras estão apresentando boas condições de desenvolvimento para a segunda safra, com exceção de alguns estados como o Paraná.
Fernandes destaca que, para a safrinha de milho, a rentabilidade do produtor está muito mais ligada à produtividade do que à preços, já que o risco produtivo é alto.
“Os preços do milho não estão altos, então quando os preços do milho não estão bons eu preciso de produtividade”, diz.