Por que investir no solo é sempre vantajoso?
É praticamente impossível pensar em agricultura e não pensar em solo. Isso porque, com exceção de algumas técnicas como a hidroponia, é no solo que as plantas se desenvolvem e de onde elas retiram a maioria dos nutrientes necessários para esse desenvolvimento.
Assim, a saúde e a fertilidade do solo são essenciais para que o agricultor consiga ter uma boa produtividade e rentabilidade em seu negócio. Por isso, existem as práticas de manejo do solo, que ajudam a construir, otimizar e preservar esses parâmetros.
O pensamento mais comum quando se fala em fertilidade do solo é que ela é uma característica inerente ao solo. Entretanto, enquanto alguns solos são naturalmente mais férteis que os outros, o conceito de fertilidade do solo é mais amplo, podendo ser dividido em:
- Fertilidade Natural;
- Fertilidade Potencial;
- Fertilidade Atual.
A fertilidade natural é a fertilidade do solo que ainda não sofreu nenhuma interferência do homem a curto prazo. Normalmente, esse tipo de fertilidade está ligado às condições naturais de formação do solo, sendo utilizada na avaliação e classificação dos solos.
Quando se fala de fertilidade potencial, se pensa no nível de fertilidade que um solo pode alcançar. Aqui, a existência de condições limitantes impede o solo de mostrar sua real capacidade de fornecer nutrientes.
Um exemplo são os solos ácidos, nos quais os altos teores de alumínio acabam limitando a disponibilidade de cálcio, magnésio e potássio. Já em solos salino-sódicos, por exemplo, os altos teores de sódio elevam o pH e limitam a disponibilidade de micronutrientes.
Já a fertilidade atual é aquela que o solo apresenta após receber práticas de manejo para atender as necessidades das culturas. Esse aspecto da fertilidade é caracterizado pela determinação das formas disponíveis dos nutrientes do solo, levando em consideração todas as práticas de correção e adubação.
Pensar nos “tipos de fertilidade”, conhecendo as limitações do solo e entendendo as suas potencialidades, é importante para conseguir construir e manter um solo fértil, que vai proporcionar melhores resultados na produtividade da lavoura.
Isso acontece também para a preservação da saúde do ecossistema do solo. Esse ecossistema inclui os microrganismos benéficos presentes nele, como nota o Dr. Faustino Andreola, pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, no artigo A Microbiota do Solo na Agricultura Orgânica e no Manejo das Culturas:
“Os microrganismos fazem parte do solo de maneira indissociável […] Assim, os microrganismos do solo desempenham papel fundamental na gênese do solo e ainda atuam como reguladores de nutrientes, pela decomposição da matéria orgânica e ciclagem dos elementos, atuando, portanto, como fonte e dreno de nutrientes para o crescimento das plantas”.
Diferentes funções e inter-relações dos organismos no solo. (Fonte: SIQUEIRA & TRANNIN, 2003)
Por isso, investir na construção da fertilidade e na boa saúde do solo é sempre vantajoso para o agricultor – mesmo aquele que trabalha em terras arrendadas. E um dos passos para isso é a escolha adequada dos fertilizantes utilizados no manejo agrícola.
A escolha dos fertilizantes é um passo importante
Os fertilizantes são insumos importantes na agricultura, já que eles ajudam a repor os nutrientes que as plantas retiram do solo durante o seu ciclo de desenvolvimento. Entretanto, é preciso que o agricultor esteja atento a algumas coisas na hora de escolher qual fertilizante vai utilizar na lavoura.
Muitos dos fertilizantes mais utilizados na agricultura, como o Cloreto de Potássio (KCl), têm uma solubilidade muito alta. Isso traz alguns problemas, como a suscetibilidade maior ao problema da lixiviação.
A lixiviação é o fenômeno que acontece quando os nutrientes são carregados para as camadas mais profundas do solo, ficando longe do alcance das plantas. Assim, parte do que o agricultor coloca no solo acaba se perdendo e a produtividade é afetada.
A salinidade é outro problema que pode afetar a qualidade do solo e que pode ser influenciada pelo manejo agrícola e pela escolha dos fertilizantes. Esse parâmetro mede a quantidade de sais solúveis acumulados no solo.
Acontece que muitas das fontes nutricionais agrícolas convencionais têm um índice salino muito alto. O do Cloreto de Potássio, por exemplo, é de 116%. Para se ter uma ideia, esse número se aproxima ao do sal de mesa (ou cloreto de sódio), cujo índice salino é de 153%.
Muitas fontes convencionais na agricultura têm um índice salino elevado.
O processo de salinização altera o potencial osmótico da água no solo. Isso prejudica as plantas e os microrganismos benéficos, já que, com isso, o solo passa retirar a água de dentro das células das plantas, o que leva a morte microbiana e de raízes, em um processo chamado de plasmólise.
Uma das soluções é fazer o parcelamento da aplicação dos fertilizantes, para que o excesso de cristais salinos não afete tanto o solo. Entretanto, isso pode tornar o manejo agrícola mais caro, uma vez que será preciso mais entradas na lavoura.
Assim, o uso de fertilizantes produzidos com matérias-primas com um índice salino baixo é o ideal para uma agricultura mais produtiva e rentável. É o caso dos fertilizantes da Verde, que usam o Siltito Glauconítico como principal matéria-prima.
Mas, quais as vantagens do Siltito Glauconítico para a agricultura?
As vantagens do Siltito Glauconítico
O Siltito Glauconítico é uma rocha sedimentar de cor esverdeada encontrada na região de São Gotardo, Minas Gerais. Rico em potássio, manganês e magnésio, macro e micronutrientes importantes para a nutrição das plantas, ele ainda é rico em silício.
O silício é, desde 2015, um elemento reconhecido pela comunidade científica como benéfico para as plantas. A ação do silício ajuda aumentar a resistência delas aos estresses abióticos, como o estresse hídrico e aos estresses bióticos, como pragas e doenças.
Além disso, o Siltito Glauconítico é rico em um mineral chamado glauconita. Utilizada como fertilizante nos Estados Unidos desde 1760, as propriedades mineralógicas da glauconita ajudam a melhorar a saúde do solo.
O Dr. John Tedrow, pesquisador da Rutgers, The State University of New Jersey, nos Estados Unidos realizou o estudo Greensand and Grensand Soils of New Jersey: A Review, no qual ele faz uma análise sobre o uso e as propriedades da glauconita em Nova Jersey.
Para o Dr. Tedrow, a estrutura da glauconita favorece a retenção hídrica, já que ela contém o que ele descreve como um “microcosmo de microporos”. Isso quer dizer que a organização das partículas da glauconita é tal que existam pequenos espaços entre elas.
A consequência é que a água e os nutrientes ficam retidos nesses pequenos espaços. O Dr. John Tedrow nota que a glauconita também é conhecida como “mineral coletor”, já que ela consegue adsorver alguns dos nutrientes presentes do ambiente no qual ela está se encontra
Representação da estrutura física da glauconita (Fonte: Bárbara Hodecker)
A estrutura mineralógica da glauconita também ajuda a melhorar a eficiência da adubação com nitrogênio, uma vez que ela reduz as perdas de nitrogênio por lixiviação e volatilização. A razão para isso é que as moléculas de glauconita realizam ligações químicas com a ureia presente no solo, atraindo os cátions de amônio (NH4+).
Representação do processo de retenção de amônio em decorrência da estrutura física da glauconita
Investir na qualidade e fertilidade do solo traz retornos positivos
Os fertilizantes da Verde, como o BAKS®, o K Forte® e o Silício Forte são produzidos com tecnologias exclusivas tendo o Siltito Glauconítico como principal matéria-prima, trazendo para o agricultor as vantagens dessa fonte de nutrição agrícola.
Investir na qualidade e na fertilidade do solo traz retornos positivos para o agricultor, uma vez que com isso as plantas podem ter uma melhora na produtividade. O uso dos fertilizantes é uma etapa fundamental desse investimento e é preciso que o agricultor esteja atento aos benefícios que esses insumos trazem, tanto a curto quanto a longo prazo!
Fonte: Stella Xavier