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O uso dos drones para a logística muito além da entrega de pizzas

O Mercado Global de Logística e Transporte de Drones pode chegar a 24,01 bilhões de dólares até 2026, com um crescimento anual de 19,1%, segundo dados da ReportsWeb. E o uso dos drones para a logística se somará aos tradicionais aviões tripulados, helicópteros, caminhões, carros, motos e embarcações. E esse é um caminho sem volta. Para se ter uma ideia, muito em breve o drone já será uma opção para o transporte de cargas mais leves e, em alguns anos, será possível transportar itens mais pesados, incluindo pessoas. Mas se o crescimento do setor de drones como um novo modal é certo, engana-se quem pensa que já é possível entregar pizzas com eles ou outros tipos de alimentos por aí.

Parte disso se deve ao fato de que ainda não é permitido o voo sobre pessoas sem a sua autorização (anuência), assim como são proibidos os voos com drones sobre cidades, conforme prevê a regulamentação do setor – em vigor no país desde o dia 3 de maio de 2017. Por isso, para utilizar o equipamento é preciso estar atento e conhecer a regulamentação do setor consultando os órgãos da Agência Nacional de Aviação (ANAC), responsável pela validação dos projetos e registro dos drones e pilotos, e pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), que autoriza cada operação respeitando limites de segurança.

Um dos segmentos que tem se destacado com o uso de drones para entregas, seguindo as normas dos órgãos regulamentadores, é o de saúde. Um bom exemplo é a empresa suíça Matternet, que atua com o transporte de medicamentos e suprimentos em áreas populadas de difícil acesso e recentemente recebeu permissão para voos comerciais nos Estados Unidos e Suíça. Recentemente, a Universidade de Maryland realizou o primeiro transplante de rim entregue por meio de um drone. O órgão foi levado de um hospital a cerca de cinco quilômetros de distância e transplantado com sucesso em uma paciente com insuficiência renal, de Baltimore.  A ação é uma iniciativa inédita que visa melhorar e acelerar as entregas de orgãos nos Estados Unidos, onde cerca de 114 mil pessoas esperam por um transplante de órgãos desde 2018, e cerca de 4% das remessas de órgãos atrasam em média duas horas.

Já no Brasil um case de sucesso na área de delivery é o da startup SMX Systems, do paulistano Samuel Salomão. A empresa é a primeira e única a atuar com o desenvolvimento de sistemas aéreos não tripulados (UAS) para o transporte e entrega de cargas leves. Em operação desde janeiro de 2018, a SMX realizou testes com o uso da tecnologia para melhorar a experiência das pessoas que vivem em propriedades localizadas às margens de rios ou de difícil acesso. A tecnologia e trabalho da SMX  rendeu uma parceria com parceria com o Grupo Elfa – composto por empresas varejistas e distribuidoras de medicamentos, juntamente com o laboratório farmacêutico Sanofi, para testes com a entrega de medicamentos com drones.  Além disso a empresa vem recebendo periodicamente muitas demandas para transportes dos mais diferentes tipos e situações.

Com tantas opções de negócios e empresas de sucesso no Brasil e no mundo trabalhando no desenvolvimento de novas tecnologias e soluções a expectativa é que o uso de drones para entregas e transporte de cargas vire realidade. O relatório da Singularity University prevê para 2024, 10 milhões de voos diários com drones – hoje existem 120 mil voos diários das companhias aéreas. O estudo também prevê que os drones deixarão suas encomendas em droneportos em condomínios horizontais e verticais de forma rotineira em cinco anos.

Atualmente no Brasil tanto a ANAC como o DECEA estão muito receptivos para análise dessas das novas demandas dos setores de saúde e alimentos. As agências reguladoras estarão presentes no 7º Fórum Empresarial de Drones, que acontece entre no dia 26 de junho, dentro da feira DroneShow, em São Paulo. A participação incluirá também a presença do Ministério da Defesa, responsável pelo controle de operações com drones no mapeamento de precisão. Tudo indica que as autorizações para voar em áreas rurais e mesmo urbanas em situações especiais, com equipamentos e rotas pré-definidas está próxima, tanto para atender as entregas de alimentos como para salvar vidas.

Fonte:Virta Comunicação Corparativa

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