Uma pesquisa liderada pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, indicou que novas mutações contra a resistência à herbicidas são mais raras do que o esperado. De acordo com o estudo, que foi publicado na revista Weed Science, os experimentos foram feitos com plantas de amaranto.
Depois de expor mais de 70 milhões de sementes de amaranto a um herbicida à base de solo, os pesquisadores não conseguiram encontrar um único mutante resistente a herbicida. Embora preliminares, os resultados sugerem que a taxa de mutação no amaranto é muito baixa, e que a aplicação de herbicida de baixo nível contribui pouco para o aparecimento de novas mutações que conferem resistência, dizem os pesquisadores.
Qualquer estresse importante que não mate uma planta pode contribuir para mutações genéticas em suas sementes e pólen, disse o professor Patrick Tranel, da Universidade de Illinois, que liderou a nova pesquisa. Até mesmo os raios ultravioletas da luz solar podem estressar uma planta e aumentar a probabilidade de mutações em sua prole, disse ele. Tais mutações aumentam a diversidade genética, o que pode ser útil para a sobrevivência de uma espécie.
“A resistência aos herbicidas vem da variação genética em uma população”, disse Tranel. “Se uma erva daninha individual tem a mutação certa que permite que ela sobreviva a um determinado herbicida, esse indivíduo sobreviverá e passará a característica à sua progênie”, completa. A contribuição relativa de novas mutações para o problema da resistência a herbicidas é pouco compreendida, conclui.
Fonte: Agrolink / Por: Leonardo Gottems