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O mercado de soja global viveu uma semana de fortes quedas, impulsionadas por revisões positivas na produção norte-americana e um cenário de exportações brasileiras em ritmo acelerado. Os números do Relatório de Oferta e Demanda, que ajustaram para cima as áreas plantadas, produtividade e produção, foram determinantes para o movimento de baixa nos preços, que foi reforçado pelo otimismo com a safra nos Estados Unidos.
As informações da Grão Direto destacam que as exportações norte-americanas foram revisadas para 50,35 milhões de toneladas, enquanto o Brasil exportou quase 2,4 milhões de toneladas de soja nos primeiros sete dias úteis de agosto, com a China como principal destino. O impacto disso em Chicago foi notável, com o contrato de soja para agosto de 2024 encerrando a U$9,37 por bushel, uma queda de 5,16%. No Brasil, o cenário foi semelhante, com o dólar recuando 0,91%, para R$5,47, pressionando ainda mais os preços no mercado físico.
Expectativas para a semana
A safra norte-americana de soja segue como um fator importante para o mercado. Com projeções de produção em 124,9 milhões de toneladas, a demanda, embora crescente, não deve alterar significativamente o balanço positivo da oferta, tanto nos Estados Unidos quanto globalmente. A previsão para a temporada 2023/24, que começa no próximo mês, também se mostra otimista, com um aumento de 8% na produção esperada.
No Brasil, a expectativa para a próxima safra se mantém em 105 milhões de toneladas. Contudo, a análise gráfica aponta que as cotações em Chicago, que caem desde junho de 2022, podem estar próximas de uma correção. Após semanas de quedas acentuadas, o mercado pode experimentar um alívio com possíveis realizações de lucro, trazendo algum respiro aos produtores que têm enfrentado um cenário de preços desvalorizados.
Essa perspectiva de correção é vista como uma oportunidade de recuperação, especialmente para os produtores brasileiros, que também estão sentindo o impacto da recente queda do dólar no momento da comercialização.