Muitas empresas do ramo de nutrição de plantas estão investindo fortemente no mercado brasileiro, o que promove um grande cresmento dos produtos no País. De acordo com Flávio Hirata, engenheiro agrônomo e consultor da Allier Brasil, esse crescimento é proporcional ao aumento da exportação de grãos do País, que deve assumir a liderança neste quesito até o ano que vem.
Mesmo com uma grande extensão territorial, o Brasil não é o país com a maior área cultivável do mundo. Pelo contrário, atualmente apenas 7,6% do país é formado terra arável, ou seja, 66 milhões de hectares, ficando atrás da Índia (179,8 milhões de hectares), Estados Unidos (167,8 milhões de hectares), China (165,2 milhões de hectares) e Rússia (155,8 milhões de hectares). Hirata afirma que para contornar esse problema é preciso fazer uso de fertilizantes e micronutrientes a fim de promover uma grande produção em pouca área.
“O uso de fertilizantes é de fundamental importância para esse aumento de rendimento, também pelo fato de a maioria dos solos brasileiros apresentar pH ácido, o que inibe a absorção de nutrientes do solo pelas plantas. Daí também a importância do uso de corretivos ácidos, como o calcário, que aumentam o pH do solo e, além de fornecerem nutrientes às plantas, como o Ca e o Mg”, comenta.
Nesse cenário, enquanto um é responsável apenas pelo impacto positivo na produção, o outro movimenta também a economia. Isso acontece porque o comércio de fertilizantes é altamente concentrado, se resumindo a quatro grandes empresas fornecedoras. Já os micronutrientes, principalmente os de aplicação foliar, são comercializados por vários desenvolvedores, o que acaba trazendo um resultado mais interessante a nível comercial.
“Diferentemente dos mercados de fertilizantes e pesticidas da NPK, mais de 700 desenvolvedores competem no segmento de nutrição agrícola cujas vendas em 2017 alcançaram US $ 2,2, um aumento de 23% em relação a 2016 (baseado em reais, moeda local brasileira), equivalente a 4,8 milhões de toneladas. principalmente para soja, milho, frutas e legumes”, finaliza.
Fonte: AGROLINK –Leonardo Gottems