Primeiro agroquímico composto por extratos vegetais produzido no país atua na quebra do ciclo de vida da cigarrinha-do-milho;
num ano de preços em queda, deixar de controlar às pragas potencializa prejuízos, diz pesquisadora
São Paulo (SP) – Com forte pressão nas principais regiões produtoras desde o ano passado, a cigarrinha-do-milho, ou Daubulus maidis, se converteu na mais complexa praga do cereal. Para especialistas, ela certamente desafiará o produtor no ciclo da safrinha, que começa a ser plantado, principalmente em face do clima quente e de chuvas irregulares decorrentes do ‘El Niño’. Neste ano, entretanto, o produtor contará com uma ferramenta única no país para manejo da praga: um inseticida de alta potência, resultante de química verde.
Desenvolvido pela Openeem Bioscience, o inseticida Valente® é descrito como o primeiro agroquímico composto por extratos vegetais. Pertencente ao grupo químico triterpenos, exclusivo da empresa, a solução é considerada de última geração, sobretudo por reunir alta potência inseticida e efeito zero na saúde humana e no meio ambiente, inclusive em abelhas e outros polinizadores.
Conforme o diretor de pesquisa e desenvolvimento da Openeem Bioscience, Evandro Keller, o novo Valente® tem se mostrado altamente eficaz, aplicado isoladamente ou na prática do manejo integrado de pragas (MIP), tendo no alvo a cigarrinha-do-milho. “Através de ação translaminar e sistêmica, o ativo auxilia na quebra do ciclo reprodutivo da ‘cigarrinha’ e reduz suas populações futuras.”
De acordo com Keller, a empresa fabricante realizou mais de 50 trabalhos, ancorados em Valente®, focados no manejo da cigarrinha-do-milho. Nessas áreas, ele acrescenta, houve ganho médio de controle de 31,3% frente aos tratamentos-padrão do produtor, além de acréscimo médio de 7,3 sacas por hectare em produtividade. “Valente® age em sinergia a outros inseticidas químicos e aos biológicos. Entrega desempenho efetivo no manejo de resistência e não exige, ainda, condições climáticas específicas para aplicar.”
Cigarrinha e danos na safrinha
Mesmo neste momento de previsões desfavoráveis relacionadas aos preços do milho, a pesquisadora Regiane Oliveira, pós-doutora em entomologia, do grupo Agrimip, da Unesp de Botucatu (SP), aconselha adotar medidas para controle de pragas com danos potenciais às áreas de plantio. Para ela, os prejuízos do produtor podem aumentar se não houver ações efetivas, como o MIP.
No caso da cigarrinha-do-milho, explica Evandro Keller, da Openeem, doenças disseminadas pela praga por vírus e molicutes, levam às lavouras perdas representativas em produtividade. “Uma alta infestação de cigarrinha é capaz de pôr abaixo uma lavoura inteira de milho”, alerta o agrônomo.
Ainda segundo Keller, frente à cigarrinha-do-milho, o inseticida Valente® atua por ingestão. Causa disfunções fisiológicas hormonais e interrompe o desenvolvimento de fases jovens e do ciclo reprodutivo da praga. “Dotada de uma formulação de alta tecnologia (SC), a solução paralisa a glândula salivar da cigarrinha-do-milho, causa repelência alimentar e inibe assim a transmissão de fitopatógenos de vírus, enfezamentos e molicutes à cultura”, finaliza ele.
Sobre a Openeem Bioscience
Uma empresa 100% brasileira, surgida após vários anos de investimentos na área de Pesquisa & Desenvolvimento, a Openeem Bioscience é dirigida pela executiva Gabriela Lindemann, com sólida carreira no Brasil e no exterior. Sediada em SP, a companhia está em sua primeira safra comercial e presente em todo o território nacional, com mais de 80 pontos de distribuição, em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Além de Valente, a linha de soluções da Openeem é formada pelas marcas Ânima (fertilizante), Brutus® (nematicida), Bravo® (fungicida) e Galo® (adjuvante).