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Inoculação reduz uso de inseticidas e fungicidas nas lavouras

Diferentes técnicas são usadas para assegurar que o agricultor terá à sua disposição cultivares resistentes a variados tipos de doenças

Embora pouco faladas, as técnicas de inoculação são partes fundamentais do processo de melhoramento genético para o desenvolvimento de cultivares que atendam às mais diversas demandas do agronegócio. De acordo com Heitor Dias, coordenador de pesquisa da TMG — Tropical Melhoramento & Genética — empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, que trabalha para entregar inovação ao campo –, o procedimento é importante para assegurar que o agricultor terá à sua disposição sementes resistentes a variados tipos de doenças, que podem ser originadas por fungos, bactérias, vírus e nematoides. “Isso reduz o uso de inseticidas e fungicidas, que são nocivos ao meio ambiente, e aumentam as chances de uma lavoura altamente produtiva”, explica.

Segundo Dias, as técnicas de inoculação podem ser aplicadas em fases diferentes do desenvolvimento de cultivares, mas o mais comum é fazer logo após as primeiras hibridações a fim testar se as plantas que se originam dos cruzamentos apresentam resistência a algumas doenças e climas. “As plantas são levadas para as casas de vegetação, onde são expostas a patógenos comuns para cada cultura em ambientes que simulam as mais diversas condições climáticas encontradas nas lavouras, com o intuito de estimular o desenvolvimento das doenças”, diz.

O especialista comenta que o objetivo desse processo é verificar a reação de cada planta e analisar quais apresentam maior resistência em cada um dos testes. “A partir disso, é possível identificar os genes que contribuem para tornar a planta mais resistente a alguma doença e/ou condição climática e aprofundar os estudos até chegarmos a cultivar desejada para as diversas regiões do Brasil”, afirma.

TMG investe em P&D

Atualmente, a TMG realiza cerca de 700 mil inoculações por ano. “É importante frisar que como os fungos, bactérias, vírus e nematoides apresentam mutações ao longo do tempo, atualizamos constantemente nossa base de patógenos. Esse é um cuidado que precisamos ter para desenvolver as cultivares que atendam demandas atuais e não antigas”, completa.

Os processos de inoculação são apoiados pela área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da TMG. Atualmente, a empresa conta com especialistas em melhoramento genético que atuam nas 35 casas de vegetação em Cambé (PR) e Rondonópolis (MT). Ao todo, são 14 bases de pesquisa em melhoramento genético espalhadas por seis estados, nas principais regiões produtoras brasileiras, com ensaios e experimentos de campo.

Fonte:  Renan de Figueiredo Pereira

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