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Glifosato combate células cancerígenas, aponta novo estudo

Na contramão de milhares de processos alegando que o glifosato causa câncer, vários estudos vêm sendo publicados nos últimos seis anos sugerindo exatamente o contrário: o ingrediente ativo pode, na realidade, coibir o crescimento de células cancerígenas. O último deles foi publicado no último dia 24 de junho de 2019 no Journal of Environmental Science and Science, parte B.

O estudo, intitulado “Avaliação dos efeitos citotóxicos dos herbicidas glifosato no fígado, pulmão e nervo humanos” é o quarto trabalho deste tipo desde 2013 a sugerir que o herbicida pode ter propriedades de combate ao câncer. Os autores afirmam que os co-formulantes – substâncias que melhoram o desempenho do ingrediente ativo glifosato – inibiram o crescimento de células cancerígenas de fígado, pulmão e nervos humanos, sendo relativamente inofensivo ao corpo humano.

“Recentemente tem havido uma controvérsia sobre a carcinogenicidade e possíveis efeitos colaterais do glifosato na saúde humana. Herbicidas comerciais à base de glifosato (GBHs) consistem em ingrediente ativo declarado (sais de glifosato) e um número de formulantes como os etoxilados (4130®, 3780® e A-178®). O objetivo do nosso estudo é investigar se a toxicidade dos GBHs está relacionada aos formulantes”, declaram os autores.

De acordo com eles, os efeitos dos GBHs na saúde humana foram estudados no nível celular com base em sua toxicidade para o fígado, pulmões e tecido nervoso: “A toxicidade inibitória para viabilidade celular por GBHs foi examinada com sistemas baseados em células usando três linhas celulares humanas: HepG2, A549 e SH-SY5Y. Os dados obtidos mostraram que todos os formuladores etoxilados testados e suas misturas com o sal de isopropilamina de glifosato (GP) declarado como ingrediente ativo têm um efeito inibidor significativo na proliferação celular, enquanto que o ingrediente ativo declarado não tem toxicidade significativa. Nosso estudo demonstra que o efeito tóxico do GBH é principalmente devido ao uso de formulantes. Este resultado sugere que o GP é relativamente seguro e uma nova abordagem para a avaliação da toxicidade deve ser feita”.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems

Crédito: AFP

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