Para evitar perdas na produção agrícola brasileira causada por nematoides, estimadas em R$ 35 bilhões ao ano, Simbiose desenvolveu tecnologia pioneira
As demandas pela redução no uso de agrotóxicos e por uma agricultura mais sustentável têm feito com que as alternativas biológicas sejam cada vez mais exigidas para o controle de pragas e doenças nas culturas, como é o caso dos fitonematoides.
Os nematoides são vermes silenciosos que vivem no solo aguardando a presença de raízes das plantas. Com o estímulo certo, iniciam o ataque e, quando o produtor percebe, já é tarde demais.
A estimativa é de entre 8,8 – 14,6% de toda a produção agrícola no mundo seja perdida pelo ataque desses vermes, gerando prejuízos na ordem de US$ 157 bilhões ao ano (Sasser & Freckman, 1987; Koenning et al., 1999; Abad et al., 2008; Nicol et al., 2011). Atualmente, são conhecidas mais de 100 espécies de nematoides, envolvendo cerca de 50 gêneros, associadas apenas ao cultivo da soja, em todo o mundo.
No Brasil a situação não é diferente. Dados da Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN) apontam que as perdas são estimadas em R$ 35 bilhões ao ano, sendo R$ 16 bilhões somente na soja.
Uso de biológicos
Especialistas da área afirmam existir mais de 200 inimigos naturais destes parasitas, dentre eles fungos e bactérias, de onde são extraídos os nematicidas biológicos que podem ser uma das estratégias usadas no manejo integrado da praga.
Vendo a necessidade de trazer ferramentas inovadoras, eficazes e economicamente viáveis para auxiliar o dia a dia do produtor rural, a Simbiose desenvolveu o NemaControl, uma tecnologia que utiliza a bactéria Bacillus amyloliquefaciens – descoberta no Cerrado brasileiro – como princípio ativo do produto.
“O NemaControl foi desenvolvido a partir da busca por um microrganismo que fosse capaz de se associar à planta e combater os nematoides por diferentes mecanismos. Ele protege o sistema radicular durante todo o ciclo da cultura e impede que os nematoides o ataquem”, afirma Marcelo de Godoy Oliveira, CEO da Simbiose. “O Bacillus amyloliquefaciens coloniza o sistema radicular da planta a partir do momento em que é inoculado na semente ou aplicado via sulco de plantio e, assim, se alimenta dos exsudatos radiculares”, explica.
O controle dos nematoides se dá quando Bacillus amyloliquefaciens passa a produzir e soltar toxinas e antibióticos no solo, protegendo o sistema radicular da planta. O produto também dá às plantas a resistência natural adequada para suportar as mais diferentes condições edáficas presentes nas áreas produtivas do país.
“A formulação dos biológicos é feita a partir de agentes de controle isolados na natureza e não deixam resíduos no solo. Ou seja, eles não são prejudiciais ao meio ambiente e se mostram uma alternativa bastante sustentável para o controle dessas pragas. Por ser um produto eficaz, resistente, de fácil aplicação e com validade de três anos, o produto hoje é um dos líderes de mercado no Brasil e na América Latina”, finaliza Marcelo.
Fonte: Larissa Pavan