Uma pesquisa realizada na Universidade Federal de Uberlândia irá desenvolver um biofertilizante a partir dos resíduos excedentes do processamento da soja. Já em fase inicial, os estudos contam com o apoio da empresa mineira Satis e fazem parte do projeto de doutorado de seu gerente de Inovação, o engenheiro químico Fabrício Porto, sob orientação da professora Dra. Miriam Maria de Resende. Com foco principal nas culturas de soja e milho, o desafio da nova solução será otimizar o crescimento dos vegetais a partir da melhor absorção dos nutrientes presentes no solo, independente das características da região de plantio. A pesquisa ocorre dentro do programa de Pós Graduação em Engenharia Química da universidade (PPGEQ-UFU).
A fim de viabilizar a pesquisa, a Satis investiu na compra de equipamentos específicos para seu laboratório próprio e na construção de uma unidade piloto para produção de biofertilizantes, ambos situados em Araxá (MG). A iniciativa integra uma série de ações da empresa dirigida à inovação no campo por meio do incentivo acadêmico e valorização de novos talentos. “Estamos engajados em reinventar o agronegócio, especialmente para promover soluções sustentáveis que facilitem a vida do produtor. Por isso, apostamos cada vez mais na pesquisa acadêmica e no aperfeiçoamento constante de nossos profissionais”, destaca o presidente da Satis, José do Nascimento Ribeiro. A companhia é especialista em nutrição vegetal e atua há mais de 20 anos no mercado.
O cronograma de estudos terá duração de três anos. No primeiro, ocorrerão os trabalhos em laboratório, enquanto no segundo e terceiro serão realizadas as análises em campos experimentais e os testes pilotos para produção industrial. Segundo Fabrício Porto, a intenção é apresentar o novo produto ao mercado até 2025. A pesquisa irá utilizar um conjunto de fungos (cepas macrobianas) de diversas famílias presentes da natureza, contribuindo para o desenvolvimento de uma solução que seja sustentável e de baixo impacto ao meio ambiente. Este material biológico foi doado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), entidade a qual a UFU, Fabrício e professora Dra. Miriam agradecem a importante contribuição para o desenvolvimento dos estudos.
Fonte: Moglia Comunicação