Engenharia genética é facilitada com nanotubos

Os pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) desenvolveram uma nova ferramenta genética que poderia facilitar a engenharia de plantas que possam sobreviver à seca ou resistir a infecções por fungos. Sua técnica, que usa nanopartículas para entregar genes aos cloroplastos de células vegetais, trabalha com muitas espécies vegetais diferentes, incluindo o espinafre.

Essa nova estratégia poderia ajudar os biólogos de plantas a superar as dificuldades envolvidas na modificação genética das mesmas, que agora é um processo complexo e demorado e que precisa ser personalizado para as espécies de plantas específicas que estão sendo alteradas. “Este é um mecanismo universal que funciona em todas as espécies de plantas”, diz Michael Strano, professor de Engenharia Química do Carbon P. Dubbs no MIT, sobre o novo método.

Strano e Nam-Hai Chua, vice-presidente do Temasek Life Sciences Laboratory da Universidade Nacional de Cingapura e professor emérito da Universidade Rockefeller, são os principais autores do estudo, publicado na edição de 25 de fevereiro da revista Nature Nanotechnology. “Este é um primeiro passo importante para a transformação de cloroplastos”, diz Chua. “Esta técnica pode ser usada para a triagem rápida de genes candidatos para expressão de cloroplasto em uma ampla variedade de plantas cultivadas”, completa.

Este estudo é o primeiro a emergir do recém-lançado programa de Aliança de Pesquisa e Tecnologia Cingapura-MIT (SMART) em Tecnologias Disruptivas e Sustentáveis para Precisão Agrícola (DiSTAP), liderado por Strano e Chua. Os autores principais do estudo são o pós-doutorado do MIT, Seon-Yeong Kwak, hoje diretor científico do DiSTAP, e Tedrick Thomas Salim Lew, do MIT. A equipe de pesquisa incluiu cientistas da Yield10 Bioscience.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems