Em tempos de El Niño, trato das sementes faz a diferença

O El Niño é um fenômeno natural caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico na sua porção equatorial. Ele ocorre em intervalos irregulares de cinco a sete anos e tem duração média que varia entre um ano a um ano e meio, com início nos últimos meses do ano. Com a modificação do padrão de circulação atmosférica sobre o Pacífico, o El Niño é responsável por alterar a distribuição de umidade e as temperaturas em várias áreas do planeta. No Brasil, ele ocasiona secas prolongadas nas regiões Norte e Nordeste e chuvas intensas e volumosas no Sul, interferindo na época de início de safra.

Com o início do plantio de soja em todo País, o gerente técnico da SEEDCORP I HO Márcio José Locatelli explica quais cuidados o agricultor deve ter com a semente para ter bons resultados nesta safra, apesar do clima:

• Adquirir sementes de qualidade, pois a oferta hídrica no solo nos primeiros plantios será limitada.

“Historicamente, temos chuvas muito irregulares no final de setembro e começo de outubro, com alguma ocorrência de estiagem em algumas regiões, atrasando as semeaduras para abertura de plantio. Então, o agricultor precisa ter uma semente de qualidade para que ele consiga fazer a semeadura. Quando essa semente tiver um mínimo de condição de germinação irá romper o solo, proporcionando um melhor estabelecimento da cultura”.

• Outro ponto importante é o transporte e armazenamento dessas sementes.

“Manter a qualidade e o vigor da semente é fundamental. Importante, dentro da programação pré-semeadura, estar atento a isso. Tirar a semente de um ambiente controlado, como uma câmara fria, por exemplo, com temperaturas amenas e controladas para plantio, esperar a chuva e ela não vir é sempre um risco”.

Escolha da cultivar

A SEEDCORP I HO vem investindo fortemente na área de pesquisa. O objetivo principal da empresa é o de maximizar os resultados da companhia e, principalmente, atender às necessidades de seus clientes e parceiros, o que inclui novos acordos em novas plataformas de biotecnologias que estão em fase final de negociações.

Nesta safra, a empresa, que atua em todas as etapas da cadeia de sementes – pesquisa, produção, desenvolvimento de mercado, vendas e logística – está colocando seis novas cultivares no mercado. Todas trazem a tecnologia Intacta2Xtend® (i2x), quatro delas para o Cerrado e duas para o Sul. Com esses novos lançamentos, a companhia passa a oferecer um total de 10 variedades i2X e um dos portfólios mais completos com a nova tecnologia.

Produtos com alto potencial produtivo e resistência a nematóides têm sido considerados um diferencial da SEEDCORP I HO pelos seus clientes e produtores no Cerrado. Por isso, a empresa continua com foco no melhoramento genético da soja, trazendo esses caracteres conjugados (biotecnologia e genes nativos de defensividade). “Isso permite maior certeza de adaptação/estabilidade e posicionamento das novas cultivares que chegam ao mercado, dando maior nível de segurança para o produtor, que semeará nossas cultivares com posicionamentos certeiros”, informa Locatelli (foto).

Cultivar campeã – Flexibilidade na janela de plantio, ampla adaptação geográfica e alto teto produtivo da HO Coari i2x aliado às boas práticas de manejo foram fatores que contribuíram muito para que ela fosse eleita pela Bayer como a campeã nacional da safra 22/23 no Concurso de Produtividade Liga i2x, alcançando a marca de 126,32 sacas/ha, pelo produtor Marcelino Flores, em São Desidério (BA), ou seja, 10 sacas a mais que a segunda colocada. Isso mostra o sinergismo excelente entre a genética de alta performance da HO Coari i2x com a nova tecnologia i2x.

Armazéns refrigerados – Para proporcionar mais segurança ao agricultor, a SEEDCORP I HO oferece, por meio da SeedLog, um serviço de entrega de sementes de soja e milho por meio do modelo “just in time”, ou seja, o agricultor não precisa levar toda a sua semente para a propriedade e pode retirá-la diante de sua necessidade. A empresa possui dois armazéns refrigerados de 10ºC a 12ºC no Mato Grosso, um em Água Boa e outro em Nova Mutum, em localizações estratégicas na BR 163 e no Vale do Araguaia, regiões importantes no cenário nacional. Cada unidade tem capacidade para 100 mil sacas de sementes de soja e outras 180 mil de milho.

Fonte: Cláudia Rodrigues Santos Nunes