O trabalho das instituições de pesquisas segue focado nas boas práticas e no solo para garantir que as plantas de soja nas principais regiões produtoras do país possam passar por momentos de adversidades climáticas como os que foram registrados nesta safra.
A temporada foi marcada por intensos veranicos e as lavouras onde as raízes puderam se aprofundar mais tiveram melhores resultados. Durante o Show Rural Coopavel, que acontece nesta semana em Cascavel, no Oeste do Paraná, os pesquisadores Henrique Debiasi e Júlio Franchini, da Embrapa Soja apresentaram os resultados de um estudo em uma trincheira confirmando essa conservação da água no subsolo.
A soja plantada depois da braquiária apresenta uma raiz maior, alcançando até 1,40 metro de profundidade, com força e extensão para buscar água e enfrentar o veranico.
“Essa presença de 1,4 m indica que a caixa d’água que a soja está explorando corresponde a, aproximadamente, 120 mm de água, com uma possibilidade muito maior de superar problemas de veranico”, diz Debiase.
Com um perfil de solo formado, de braquiária e colocada sua raíz, seja solteira ou consorciada com o milho, a raiz da soja cresceu 2 cm em profundidade por dia. O pesquisador afirma ainda que outro benefício é o maior volume de água que entra no solo, que é muito maior depois da braquiária.
“Mesmo sendo um bom manejo, houve um pouco de escoamento. Isso demonstra a necessidade de se ter um bom sistema de terraceamento mesmo em uma condição de bom manejo do solo e de cobertura com palhada”, completa.
Fonte: Notícias Agrícolas Por Carla Mendes