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Biológicos, manejo e produtividade

Como os três fatores podem combinar para o sucesso da agricultura

Em artigo o CEO da Biotrop, Antônio Carlos Zem, questiona qual é o futuro da agricultura? “Se olharmos para o passado, poderemos lembrar que o uso de defensivos agrícolas e fertilizantes minerais industrializados trouxeram um importante incremento na produtividade das culturas e, consequentemente, grande aumento na produção e oferta de alimentos em todo o mundo”, diz.

Parece que a agricultura brasileira tem um novo desafio proposto pelo Programa Nacional de Bioinsumos, lançado pelo Ministério da Agricultura, como forma de incentivar o uso da biodiversidade brasileira na elaboração de produtos que atendam às necessidades agrícolas e ainda preservem o meio ambiente. Os biológicos vêm ganhando espaço, são 265 produtos registrados. As empresas do setor, caso da Biotrop, também. O nicho viu uma grande movimentação, especialmente, nos últimos cinco anos.

Zem avalia que o sucesso vem da evolução tecnológica e a busca por novas opções para o controle das pragas agrícolas, que fez com que os produtos biológicos se mostrem como ferramenta econômica e tecnicamente viável ao produtor. “Isso não quer dizer que se pensa em substituir completamente os defensivos agrícolas pelos biológicos, mas que eles atuem de forma sinérgica num plano integrado de manejo de pragas, doenças, nutrição e promoção de crescimento para as plantas”, explica.

O sucesso do controle biológico e dos defensivos agrícolas, passa pelo MIP, o manejo integrado de pragas e doenças. O uso de soluções de forma integrada deve compor o conjunto de medidas de ações de controle utilizadas pelo agricultor para que se consiga altos níveis de eficiência no manejo, reduzindo os danos e permitindo ao produtor o aumento do retorno financeiro de sua lavoura.

O mercado mundial de biológicos tem crescido a um ritmo cinco vezes maior que o da indústria de agroquímicos. Entre 2011 e 2019, o mercado global desses produtos teve crescimento médio anual de 15,3%. Isso se deve, em primeiro lugar, a uma questão de investimento, uma vez que para desenvolver um novo defensivo o custo é extremamente alto: US$ 286 milhões, enquanto o biológico custa uma fração desse valor, além disso, existe uma demanda da sociedade e dos órgãos reguladores pela produção de alimentos sem resíduos.

“Outra vantagem da introdução de produtos biológicos no manejo é a extensão da vida útil dos ingredientes ativos dos defensivos químicos, ou seja, o tempo estimado para que o alvo apresente resistência ou o ingrediente ativo perca eficácia no controle”, aponta o CEO.

Com novos, amplos e complexos mecanismos de ação, a evolução da resistência de pragas e doenças é menos problemática. Zem enfatiza outro ponto fundamental para o desenvolvimento do mercado de biológicos: a evolução das formulações e dos processos de produção. Para isso é necessário, segundo ele, que essas formulações dependam cada vez menos de logística diferenciada para transporte, armazenamento e aplicação.

“Acreditamos firmemente que soluções biológicas serão crescentes no mercado de proteção de cultivos. Esse segmento está evoluindo e os principais fatores são a demanda por soluções integradas, o aumento da pressão regulatória e o amadurecimento das biotecnologias. Os biológicos permitem que os produtores mantenham não somente o ritmo de evolução dos negócios, como sua viabilidade econômico-financeira no longo prazo”, diz.

Fonte: Agrolink Por Eliza Maliszewski

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