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“Achamos que funcionará na maioria das culturas”
Pesquisadores da Universidade de Illinois Urbana-Champaign conseguiram tornar a fotossíntese mais eficiente em plantas de soja, alcançando um notável aumento na produtividade sem aumentar o uso de fertilizantes, em um importante avanço que reduzirá o avanço da fronteira agrícola para a produção de alimentos.
A soja geneticamente modificada para torná-la mais eficiente na fotossíntese produziu rendimentos mais de 20% maiores do que as culturas não modificadas em testes de campo e sem adição de fertilizantes. Essas culturas melhoradas ajudarão a reduzir o desmatamento, as emissões de gases de efeito estufa e a perda de biodiversidade, além de aumentar a renda dos agricultores em países de baixa renda para os quais essas culturas são criadas.
“Achamos que funcionará na maioria das culturas”, diz Stephen Long, da Universidade de Illinois Urbana-Champaign. “Estamos trabalhando com feijão-fradinho e arroz.” Várias equipes conseguiram impulsionar o crescimento de plantas como o tabaco, melhorando a fotossíntese, mas esta é a primeira vez que isso foi alcançado em uma planta alimentícia em testes de campo, diz Long.
A obra é fruto de uma colaboração mundial criada há 10 anos, financiado principalmente pela Fundação Bill & Melinda Gates, que visa aumentar os rendimentos melhorando a fotossíntese e tornando essas culturas melhoradas disponíveis para pequenos agricultores na África Subsaariana. Várias abordagens estão sendo estudadas, e combiná-las deve gerar ganhos de desempenho ainda maiores.
“Achamos que poderíamos chegar a um aumento de 50%”, diz Long. “Se isso fosse alcançado, seria o nível da Revolução Verde.” Revolução verde refere-se aos grandes ganhos de rendimento alcançados nas décadas de 1950 e 1960 por meio de variedades de culturas melhoradas e outras tecnologias.
Fonte: Agrolink