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Chegou o Informe Semanal da Bayer — aqui você se atualiza sobre os principais acontecimentos do agronegócio. Vem com a gente!
Câmbio e cenário macro
O dólar apresenta queda nesta segunda-feira (13), sendo cotado em torno de **R$ 5,47** (–0,9 %), refletindo alívio nas tensões comerciais após declarações conciliadoras do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o relacionamento com a China.
Principais preços — 13/10
AÇÚCAR: R$ 117,05 / saca (+0,5 %)
SOJA: R$ 137,19 / saca (+0,7 %)
MILHO: R$ 65,21 / saca (+0,7 %)
ALGODÃO: 64,01 cU$/libra-peso (–2,1 %)
* Variação em relação à última semana.
Clima e condições meteorológicas
Uma frente fria avança pelo interior do Brasil, provocando chuvas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Os volumes são variados e mal distribuídos ao longo da semana, favorecendo o plantio da soja, especialmente em MT e GO.
Na Região Sul, o início da semana será marcado por tempo firme e temperaturas amenas, sem chuvas. No entanto, a partir de 17/10, o sistema frontal avança sobre o RS e pode se espalhar pelas demais áreas até o final de semana, o que pode atrapalhar os tratos finais nas lavouras de trigo.
Regiões Norte e Nordeste seguem com tempo firme e temperaturas elevadas na fronteira agrícola do MATOPIBA.
Soja: avanço da semeadura e mercado
O plantio da safra 2025/26 avança para cerca de **15 %** da área nacional. Destaque para o Paraná, que já atinge cerca de **40 %** de semeadura. No Centro-Oeste, o Mato Grosso está com 24 %, e a previsão de chuvas pode acelerar o avanço para 50 %.
As lavouras iniciais têm boa distribuição e bom desenvolvimento em muitos casos; replantios estão dentro do esperado. No mercado externo, a China ainda mantém baixa compra dos EUA, favorecendo as exportações brasileiras, que somaram 108,5 milhões de toneladas.
No mercado interno, os preços seguem pressionados, mas os prêmios firmes e as melhorias nas trocas por fertilizantes sustentam a comercialização.
Milho: primeira safra e cenário global
O plantio do milho de verão segue adiantado, com destaque para o Paraná (88 %), seguido pelos estados do Sul: RS (75 %) e SC (71 %).
Apesar de excesso de chuvas no Sul em alguns locais, as condições iniciais são boas. A produção nacional esperada é de 25,6 milhões de toneladas, com produtividade dentro da média esperada.
No mercado externo, os embarques brasileiros foram ajustados de 41,4 para 39,6 milhões de toneladas, refletindo maior demanda interna para etanol.
Nos EUA, a expectativa é de uma safra recorde de 426 milhões de toneladas, o que pressiona os preços globais.
Algodão: comercialização e safra futura
A comercialização da safra 2024/25 alcança já cerca de 71 %, mas enfrenta queda de 12 % nos preços domésticos e demanda enfraquecida.
Externamente, estoques elevados nos EUA e tarifas sobre produtos têxteis pressionam os preços. Ainda assim, o Brasil mantém competitividade pela eficiência produtiva.
Para 2025/26, os produtores já adquiriram 86 % dos fertilizantes, 73 % das sementes e 64 % dos defensivos.
Trigo: colheita e margens
A colheita nacional já cobre aproximadamente 31 % da área plantada, com produção estimada em 8,2 milhões de toneladas — ligeiramente acima da safra anterior.
Embora as margens não sejam tão negativas como no ano passado, continuam restritas — inferiores a R$ 200/ha em diversas regiões, como o PR Campos Gerais.
Os preços internacionais seguem pressionados pelos altos estoques nos EUA e pela boa oferta na Argentina, cuja colheita está prevista em 19,7 milhões de toneladas.
Arroz: plantio e rentabilidade
O plantio do arroz atinge cerca de 13 % da área nacional, estimando-se uma produção de 11,3 milhões de toneladas.
A rentabilidade vem em queda: com média próxima de R$ 562/ha no RS — comparada aos R$ 1.215/ha na safra anterior — há indicativo de migração para soja em áreas tradicionais de arroz no estado.
Os preços domésticos estão inferiores a R$ 60 por saca, frente aos valores acima de R$ 90 observados no início do ano.
As informações deste informe são de autoria do time de inteligência de mercado da Bayer e baseiam-se em fontes como MBAgro, Agroconsult, CONAB, StoneX, entre outras..