COP30: Agro brasileiro ganha voz na agenda climática, mas ainda enfrenta frustrações em financiamento e agricultura tropical

Por Assistec Agrícola A COP30, realizada em Belém, colocou o agronegócio brasileiro no centro das discussões globais sobre clima. Segundo Muni Lourenço, vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente da Comissão de Meio Ambiente da entidade, a participação do setor foi “contundente” e “robusta”, com o agro se apresentando como parte da solução para os desafios climáticos, e não como vilão. Ao mesmo tempo em que o Brasil mostrou dados, tecnologia e resultados concretos em sustentabilidade, a CNA também saiu da conferência com frustrações importantes: a falta de avanço em mecanismos de financiamento climático e na criação de um mandato específico para a agricultura tropical, tema central para países como o Brasil. :contentReference[oaicite:1]{index=1} O que o agro brasileiro levou para a COP30 A presença do agro na COP30 teve como vitrine a AgriZone, a Casa da Agricultura Sustentável da Embrapa, que funcionou como espaço estratégico para divulgação de dados científicos e de experiências de campo. :contentReference[oaicite:2]{index=2} Um dos destaques foi a nova edição do estudo de uso da terra da Embrapa Territorial, mostrando que: Esses números ajudam a reposicionar a narrativa internacional: a produção de alimentos no Brasil convive com alto percentual de preservação e forte exigência legal sobre a área produtiva, o que diferencia o país de outros grandes produtores em clima temperado. Onde estão as frustrações: financiamento climático e agricultura tropical Apesar do protagonismo brasileiro, a CNA avaliou que o “legado da COP para o agro” ainda ficou aquém do necessário. Em especial, dois pontos defendidos pela entidade não avançaram como esperado: :contentReference[oaicite:4]{index=4} Na prática, isso significa que o produtor brasileiro segue investindo em tecnologia, preservação e eficiência, mas ainda enfrenta dificuldade para acessar recursos e políticas internacionais à altura do papel que já desempenha na agenda climática. Por que isso importa para o produtor e para as fazendas do Centro-Oeste À primeira vista, decisões tomadas em uma conferência mundial podem parecer distantes da rotina da fazenda em Jataí, Rio Verde, Sudoeste Goiano ou Mato Grosso. Mas o que é discutido na COP30 influencia diretamente: Recomendações da Assistec Agrícola: como se posicionar nesse cenário Enquanto grandes decisões globais seguem em negociação, há atitudes práticas que o produtor pode tomar para fortalecer sua posição técnica, ambiental e de mercado: Visão de médio prazo: agro como parte da solução A mensagem central que o agro brasileiro levou à COP30 é clara: o produtor rural já faz parte da solução climática, produzindo alimentos em escala, preservando grande parte do território e adotando tecnologia de ponta. :contentReference[oaicite:6]{index=6} O desafio, daqui em diante, é alinhar essa realidade de campo com políticas e mecanismos internacionais que reconheçam e remunerem esse esforço. Isso inclui desde regras mais justas para a agricultura tropical até o acesso simplificado a financiamento climático, passando por instrumentos de mercado que valorizem quem produz com responsabilidade. Para a Assistec Agrícola, esse movimento reforça um ponto: gestão técnica, organização de informação e planejamento de longo prazo não são mais opcionais. São a base para atravessar ciclos de preço, clima e regulação, mantendo a fazenda competitiva, sustentável e preparada para as próximas mudanças da agenda climática. Fonte: Canal Rural – Planeta Campo / COP30: “CNA destaca avanço do agro na discussão climática e aponta frustrações na COP30”, publicação de 21/11/2025. Conteúdo adaptado e comentado pela equipe técnica da Assistec Agrícola.
Controle de Pragas, Manejo de Herbicidas e Alerta para Ferrugem: o que a safra 2025/26 já mostra ao produtor

A fase inicial da safra 2025/2026 confirma um cenário que exige atenção redobrada no campo. Percevejos avançando nos primeiros talhões, desempenho oscilante do glufosinato de amônio e os primeiros registros oficiais de ferrugem-asiática. Para o produtor, esses três pontos têm impacto direto no potencial produtivo, na qualidade do grão e no planejamento de aplicações neste início de ciclo. 1. Percevejos: perdas quantitativas e qualitativas que não podem ser ignoradas Os percevejos continuam entre as pragas mais desafiadoras da soja. As espécies de maior ocorrência incluem: Mesmo em baixas populações, o dano é expressivo. A literatura estima perda média de 70 kg/ha para cada 1 percevejo/m², podendo ultrapassar esse patamar em altas infestações. Além do impacto no rendimento, os danos qualitativos são severos e irreversíveis, afetando vigor, porcentagem de plântulas normais, viabilidade e até o teor de proteína e lipídios da semente. Em alguns estudos, sementes atacadas apresentaram até 2,4% menos proteína. O período mais crítico ocorre entre R4 e R6, quando o ataque precoce amplia o dano quantitativo, e o ataque tardio degrada a qualidade da semente. Por que isso importa agora? O avanço dos percevejos nessa fase da safra exige um programa químico eficiente, rotacionado e baseado em moléculas de real eficácia. Pesquisas recentes mostram diferenças na suscetibilidade de populações — especialmente Euschistus heros — a alguns ingredientes ativos. Nesse contexto, inseticidas com ação combinada, efeito residual consistente e maior capacidade de translocação apresentam vantagem no campo, como é o caso de tecnologias que reúnem efeito de contato, ingestão e ação sistêmica/translaminar. Rotacionar grupos químicos e incluir moléculas modernas é fundamental para manter eficiência e reduzir pressão de seleção. 2. Glufosinato de amônio: por que o desempenho oscila e como garantir boa performance O glufosinato é um herbicida fotodependente, ou seja, sua eficácia está diretamente relacionada à disponibilidade de luz após a aplicação. Aplicações feitas muito cedo, muito tarde ou em dias nublados tendem a apresentar menor desempenho, porque a inibição da glutamina sintetase não evolui para o acúmulo de espécies reativas de oxigênio (EROs) necessário para necrose do tecido foliar. Fatores críticos para boa eficiência: Mesmo sendo dependente de luz, aplicações em condições extremas de temperatura e umidade relativa podem exigir ajustes para horários mais amenos, desde que haja luminosidade posterior suficiente. 3. Primeiros casos de ferrugem-asiática na safra: alerta para monitoramento e manejo preventivo A ferrugem-asiática, causada por Phakopsora pachyrhizi, é uma doença policíclica e altamente agressiva. Os primeiros registros da safra 2025/26 já ocorreram em: Todos em lavouras semeadas em setembro, reforçando a vulnerabilidade das áreas mais precoces. Ambientes com chuvas frequentes, orvalho prolongado e temperaturas entre 18 °C e 26,5 °C favorecem a penetração e o progresso da doença. A infecção exige pelo menos 6 horas de molhamento foliar, atingindo máxima penetração entre 10 e 12 horas. Por que isso acende o alerta? Porque a ferrugem, diferente de outras doenças, exige manejo 100% preventivo. Com a chegada dos primeiros focos, áreas vizinhas devem intensificar: Neste momento da safra, atrasar a entrada pode custar sacos por hectare. Recomendações Técnicas da Assistec Agrícola Conclusão O início da safra 2025/26 confirma a necessidade de uma condução técnica precisa. Percevejos, glufosinato e ferrugem são temas que, apesar de distintos, convergem em um ponto central: não há espaço para erro no manejo inicial. Produtores que ajustarem estratégia de monitoramento, posicionamento de produtos e janela de aplicações tendem a preservar o potencial produtivo e manter o rendimento da lavoura. A Assistec Agrícola segue acompanhando o avanço da safra e se coloca à disposição para orientar, ajustar estratégias e apoiar o produtor nas decisões que realmente fazem diferença no campo.
Safra 2025/26: Atraso recorde no plantio de soja em Mato Grosso gera alerta para produtividade e comercialização

Por Assistec Agrícola A safra 2025/26 da soja em Mato Grosso está sendo marcada por um dos piores começos dos últimos anos. A irregularidade das chuvas atrasou a semeadura em até 60 dias em regiões tradicionais como Canarana e Diamantino, elevando a apreensão dos produtores quanto ao potencial produtivo das lavouras. Em muitas propriedades, áreas que normalmente estariam concluídas no fim de outubro ainda aguardam umidade adequada para entrar na terra. Em outras, o plantio avançou, mas fora da janela ideal, o que já liga o sinal de alerta para produtividade, qualidade de estande e planejamento da segunda safra. Impactos do plantio fora da janela ideal Plantar soja fora da janela recomendada tende a comprometer a formação de plantas vigorosas, reduzir o teto produtivo da área e aumentar o risco de falhas no estande. Para o produtor que trabalha com arrendamento, por exemplo, os custos por hectare seguem praticamente os mesmos, mas a margem de lucro pode ficar bem mais apertada. O atraso também repercute diretamente no milho segunda safra. Com a soja entrando mais tarde, o milho corre risco de ser implantado fora da janela ideal em várias regiões, elevando a exposição a veranicos, geadas tardias e pressão de pragas e doenças. O resultado pode ser uma combinação perigosa de produtividade menor, custo alto por saca produzida e fluxo de caixa pressionado ao longo do ano agrícola. Mercado travado e vendas no pior nível em cinco anos O cenário climático desafiador se soma a preços historicamente pressionados e custos elevados de produção. Diante dessa combinação, muitos produtores de Mato Grosso adotaram uma postura mais cautelosa na comercialização da safra 2025/26. Enquanto na safra passada a comercialização passou de 97% do volume produzido, os dados mais recentes indicam que a safra atual registra pouco mais de 36% da produção comprometida, o pior nível dos últimos cinco anos. Em outras palavras, o produtor está evitando “travar” a soja antes de ter clareza sobre produtividade e sobre eventuais reações de preço mais à frente. Essa cautela é compreensível: com custo alto por hectare, cada saca precisa ser bem aproveitada para fechar as contas. Ao mesmo tempo, adiar demais as decisões de venda também pode ser arriscado, principalmente em um ambiente de oferta global robusta e margens apertadas. O que o produtor precisa observar agora Diante desse cenário atípico, algumas medidas práticas podem ajudar o produtor e os gestores de fazenda a atravessar a safra com mais segurança:
Informe Semanal do Agro: clima irregular, avanço do plantio e tendências de mercado impactam decisões no campo

A semana trouxe movimentações importantes no câmbio, mudanças no clima e atualizações relevantes sobre o andamento do plantio e a comercialização de insumos. A Assistec Agrícola resume os principais pontos que impactam diretamente as decisões de produtores, gerentes e técnicos de fazenda. Câmbio e mercado O dólar iniciou a semana com leve queda, cotado a R$ 5,38 (-0,4%), refletindo expectativas de novos cortes de juros nos Estados Unidos. O movimento traz algum alívio para importações e pode influenciar estratégias de compra de fertilizantes e defensivos. Principais preços (24/11) Clima: instabilidade segue determinando o ritmo das operações O Sul e parte do Sudeste apresentam tempo mais estável, favorecendo a colheita de trigo. Mesmo assim, permanecem chances de pancadas isoladas e episódios de granizo entre PR, MS, SP e MG. No Centro do país, as chuvas continuam irregulares. Já no MATOPIBA, o cenário segue preocupante: precipitações mal distribuídas e volumes baixos ainda atrasam a implantação das lavouras. Soja: avanço nacional de 79%, mas com forte atraso no MAPITO O plantio da soja atingiu 79% no Brasil, desempenho abaixo da média dos últimos 5 anos por causa do atraso no MAPITO, que segue com apenas 45% da área implantada. O clima seco persiste no MAPITO e na Bahia, reforçando a necessidade de chuvas regulares nos próximos dias para evitar perdas. Em MT, MS e PR, o avanço é consistente, com lavouras em ótimo desenvolvimento. No RS, o plantio pode desacelerar nas próximas semanas por falta de umidade, mas a condição atual das áreas é considerada boa. A produção nacional permanece estimada em 180,7 milhões de toneladas e as exportações foram revisadas para 115,5 milhões, com preços internacionais projetados acima de US$ 11/bushel. Milho Verão: 72% da área implantada O milho verão atingiu 72% do plantio no Brasil, 6 pontos abaixo da média dos últimos 5 anos. O Sul praticamente encerrou a semeadura (PR 100%, SC 96%, RS 93%), com bom desenvolvimento das lavouras e poucas ocorrências de pragas. Em SP, 83% da área já foi semeada. Já em MG, GO e BA, a baixa umidade reduziu o ritmo, com avanço próximo à metade da área esperada. A projeção de produção é de 25,7 milhões de toneladas, 6,1% acima da safra anterior. Comercialização de insumos: ritmo variável entre regiões Milho – Safra 25/26 Regiões com plantio da soja mais adiantado (PR, MS Sul, MT) mostram avanço maior. Já MAPITO, MG e GO seguem com ritmo menor, refletindo o atraso da safra. A tendência é que compras de defensivos ganhem força após o encerramento da semeadura da soja. Soja – Safra 25/26 O que ainda falta está concentrado no RS, onde restam 5% para concluir as negociações. Destaque para regiões precoces, que já chegam à terceira aplicação, com incidência crescente de lagartas em MT, GO e MS Norte. Cana: bom desenvolvimento e projeção positiva A safra 26/27 apresenta bom desenvolvimento vegetativo no Centro-Sul, com canaviais beneficiados por chuvas mais regulares. A produtividade média estimada é de 79,8 t/ha (+3,1%). A produção de açúcar deve chegar a 40,9 milhões de toneladas (+1,7%) e a de etanol de cana a 25,5 bilhões de litros (+7,1%). Mesmo com oferta global elevada, os preços seguem estáveis. Café: insumos avançam para 26/27 A comercialização de fertilizantes já alcança 84%, com fábricas operando em alta demanda e produtores intensificando aplicações após o retorno das chuvas. Para defensivos, 79% já foram negociados, e o mercado relata margens positivas no ano. As análises acima são baseadas em dados de MBAgro, Agroconsult, CONAB, StoneX e outras fontes de inteligência de mercado.
Incompatibilidade entre defensivos agrícolas: por que isso acontece — e como evitar prejuízos no campo

A preparação da calda é um dos momentos mais críticos da operação de pulverização. Quando a mistura entre defensivos não é compatível, o problema não fica só no tanque: ele aparece no bico, na planta e, mais tarde, na produtividade. Entupimentos, espuma excessiva, precipitação, fitotoxicidade e perda de eficácia no controle são alguns dos sintomas de uma mistura feita fora do padrão. Num cenário de custos altos e janelas de aplicação cada vez mais apertadas, entender a compatibilidade entre produtos deixa de ser detalhe técnico e vira proteção direta da eficiência da lavoura. Por que isso importa para o produtor Misturas mal planejadas podem comprometer toda a estratégia de manejo. Quando dois produtos reagem entre si — química ou fisicamente — formam precipitados, grumos, emulsões instáveis ou até novas substâncias que reduzem completamente o controle esperado. Isso traz três consequências diretas ao campo: Em uma safra onde cada dia de atraso ou cada ponto de percentual de eficiência conta, a incompatibilidade de calda se torna um gargalo real para o resultado final. O que causa a incompatibilidade das misturas A origem do problema geralmente está em três grupos principais: 1. Diferenças de pH – Incompatibilidade química Produtos com faixas ideais de pH muito distintas podem reagir quando misturados. O resultado é a formação de partículas insolúveis, decantação e perda de ação dos ingredientes ativos. 2. Interação entre ingredientes ativos – Reações químicas indesejadas Certos compostos não “convivem bem” na mesma calda. Eles podem: É a mistura aparentemente “correta” que falha mesmo com boa aplicação. 3. Problemas de formulação – Incompatibilidade física Misturar SL com SC, WG com EC ou outras combinações sem seguir a ordem correta pode gerar: Grande parte dos entupimentos nasce aqui. 4. Qualidade da água – pH, dureza e sais minerais Água dura reduz a performance de herbicidas e inseticidas. Íons como Ca²⁺ e Mg²⁺ reagem com ingredientes ativos, gerando precipitação. Sem condicionador, a perda de eficiência é imediata. Impactos diretos na operação Entupimentos e falhas nos bicos Partículas sólidas bloqueiam passagens e alteram vazão, deixando a aplicação irregular. Acúmulo de resíduos Prejudica o sistema de pulverização e contamina aplicações seguintes. Leituras erradas de sensores e fluxômetros Espuma excessiva dificulta o controle da vazão e compromete a precisão. Impactos diretos na eficácia da lavoura Perda de eficiência dos produtos A incompatibilidade pode causar: Fitotoxicidade Quando a calda fica desbalanceada, a planta sente: Riscos ambientais Resíduos mal dissolvidos podem contaminar solo e água. Como evitar a incompatibilidade na prática 1. Leia a bula e consulte compatibilidades Nem toda mistura é recomendada — e algumas são explicitamente proibidas. 2. Siga a ordem correta de adição Em geral: 3. Use água de qualidade Quando necessário, aplique condicionadores para corrigir pH e dureza. 4. Mantenha o agitador sempre ligado Antes, durante e após o preparo da calda, garantindo a homogeneidade da mistura. 5. Consulte um engenheiro agrônomo Cada formulação tem seu comportamento. A análise técnica evita prejuízos e garante segurança. Recomendações técnicas da Assistec Agrícola A Assistec reforça três pontos fundamentais que fazem diferença no campo: Nos dias atuais, eficiência operacional é margem. E margem, no Sudoeste Goiano, não pode ser desperdiçada por uma mistura desajustada. Visão de médio prazo Com a tendência de produtos mais concentrados, formulações novas e aplicações cada vez mais ajustadas à janela climática, a compatibilidade de calda será um tema ainda mais crítico nas próximas safras. Produtores que dominam esse processo reduzem custos, evitam retrabalhos e garantem maior estabilidade dos resultados. Conclusão A incompatibilidade entre defensivos agrícolas não é um problema do pulverizador — é um problema da mistura. E ele pode ser evitado. Com orientação técnica, atenção à ordem de adição, cuidado com a água e o suporte de uma equipe preparada, o produtor protege sua produtividade e mantém a lavoura em alto desempenho. A Assistec Agrícola segue ao lado do produtor, garantindo precisão, eficiência e decisões técnicas seguras em cada etapa da safra.
Line-up projeta 4,1 milhões t de soja embarcadas em novembro; ritmo menor que 2024 e foco em prêmio/logística

Atualizado em 14 nov 2025 • Assistec Agrícola O line-up dos portos brasileiros aponta embarques de 4,137 milhões de toneladas de soja em grão para novembro de 2025, volume 7% abaixo de novembro de 2024 (4,443 mi t). Em outubro, a projeção foi de 6,398 mi t, e em setembro os embarques somaram 6,964 mi t. No acumulado de janeiro a novembro de 2025, o line-up indica 105,707 mi t, frente a 95,590 mi t no mesmo período do ano passado. Por que isso importa Embarque menor no mês, mesmo com acumulado anual robusto, aponta para competição entre logística de exportação e escoamento interno (indústrias e originação) no início de safra. Para o produtor, o recado prático é acompanhar prêmios nos portos, disponibilidade de janelas de carregamento e fila logística para definir o melhor mix entre fixação à vista, barter e travas de base (basis). Dados-chave Recomendações técnicas da Assistec (comercialização & logística) Visão de curto prazo O contraste entre um novembro mais enxuto e um acumulado anual elevado sugere recalibração pontual do pipeline de exportação. A definição do ritmo de colheita 25/26, a disputa por frete e o humor do câmbio podem reabrir janelas de prêmio. Estratégias flexíveis (travas escalonadas e base) tendem a capturar valor sem expor a margem ao risco logístico. Conclusão O mercado segue firme no acumulado do ano, mas novembro pede gestão fina de prêmio e logística. A Assistec está ao lado do produtor para ajustar o plano de comercialização por região e por talhão, com foco em resultado líquido e previsibilidade de caixa. Fonte: Canal Rural — “Line-up prevê embarques de 4,1 milhões de t de soja no Brasil em novembro”, com dados de Safras & Mercado. Acesso em 10/11/2025.
Plantio de soja no Brasil atinge 47,1% na safra 2025/26; MT lidera e ritmo segue abaixo da média

Atualizado em 12 nov 2025 • Por Miguel Faustino O plantio da soja 2025/26 alcançou 47,1% da área prevista no Brasil até 01/11. O avanço semanal foi de 12,7 p.p., mas o ritmo segue atrás da safra passada e também da média dos últimos cinco anos. Em linha com a janela de semeadura e com a variabilidade recente de chuvas, esse atraso exige atenção redobrada no manejo para evitar replantios, perdas de estande e impacto de custo por hectare. Por que isso importa Em anos de início irregular de chuva, a qualidade da semeadura e a gestão do estande decidem a produtividade final. Atrasos pressionam a janela ideal, aumentam risco de falhas de emergência e podem comprimir o calendário da segunda safra em regiões de rotação com milho, elevando o risco climático e fitossanitário. A decisão técnica nas próximas semanas — quando plantar, como plantar e o que ajustar — é determinante para segurar resultado. Dados-chave do avanço por estado O plantio nacional está ~6,2 p.p. atrás do mesmo período de 2024/25 e ~7,6 p.p. abaixo da média de 5 anos. Recomendações técnicas da Assistec Visão de médio prazo Com a regularização gradual das chuvas, a tendência é de aceleração da semeadura nas próximas duas semanas. Ainda assim, diferenças regionais devem persistir — com estados do Sul exigindo maior cautela no momento de entrar com a semeadura e estados do Centro-Oeste consolidando a reta final. O produtor que proteger a base (semente de qualidade + plantabilidade + pré-emergente) tende a capturar melhor resultado mesmo com janela comprimida. Conclusão O cenário é de avanço consistente, porém com alerta ligado para janela e uniformidade. A Assistec acompanha os clientes em campo com recomendações ajustadas por talhão, garantindo decisões rápidas e seguras para fechar a semeadura com estande forte e base de produtividade bem estabelecida. Fonte: Canal Rural — “Brasil plantou 47,1% da área de soja 25/26, aponta Conab”. Acesso em 10/11/2025.
Herbicidas patinando: o desafio do manejo inicial da soja no Sudoeste Goiano

Atualizado em 10 nov 2025 • Por Giulianno Cássio Com a regularização das chuvas, o cenário do Sudoeste Goiano mudou e os agricultores voltaram a se animar com a safra. O período que antes era de incertezas dá lugar a uma retomada das operações de campo — aplicações de pós-emergentes, inseticidas, foliares e ajustes de plantio voltaram ao ritmo planejado. Germinação irregular: o primeiro sinal de alerta Apesar da melhora no regime hídrico, o atraso nas chuvas trouxe um desafio técnico importante: a germinação irregular. Plantas que demoram para emergir consomem mais reservas internas, sofrem maior estresse bioquímico e acabam ficando menores e dominadas por vizinhas mais vigorosas. Esse desnível inicial impacta o estande e, consequentemente, o potencial produtivo da lavoura. Dessecação e o fenômeno dos “herbicidas patinando” O manejo de dessecação é um ponto crítico. É ele que garante que a soja emerja no limpo, sem competição inicial com plantas daninhas. No entanto, as chuvas irregulares e o estresse hídrico nas ervas têm dificultado o controle, mesmo com herbicidas bem aplicados — situação popularmente conhecida no campo como “o herbicida patinou”. A resistência cruzada de daninhas a diferentes mecanismos de ação reforça a necessidade de planejamento técnico. Aplicações devem respeitar o estádio da planta daninha e as condições de umidade do solo para que o produto tenha absorção e eficácia adequadas. Plantas de cobertura: aliadas ou vilãs? O uso de plantas de cobertura vem ganhando espaço no Sudoeste Goiano pelos inúmeros benefícios agronômicos — melhoria da estrutura do solo, supressão de invasoras e incremento da matéria orgânica. Mas quando mal manejadas, elas se tornam esconderijo ideal para pragas como Elasmo, Spodoptera, Cascudinho e Vaquinhas, que causam perdas de estande e reduzem a produtividade. Pragas no início da safra: o alerta do Coró-da-soja Neste início de safra, tem sido comum observar ataques intensos de pragas logo após a dessecação. Com a vegetação seca, a soja passa a ser a principal fonte de alimento disponível — rica em proteínas e carboidratos, torna-se o alvo preferido dos insetos. Entre eles, destaca-se o Coró-da-soja (Phyllophaga cuyabana e Liogenys fusca), sendo o primeiro mais frequente na região. Durante inspeções recentes nos sulcos de plantio, foi possível encontrar larvas em fase inicial de desenvolvimento — exatamente quando causam mais danos. Lesões nas raízes são extremamente prejudiciais, pois comprometem a absorção de água e nutrientes. O impacto lembra o efeito de uma poda de raízes em um bonsai: o crescimento é contido, e a planta perde vigor e capacidade produtiva. Conclusão O início da safra 2025/26 no Sudoeste Goiano exige atenção redobrada com o manejo de herbicidas, pragas e plantas de cobertura. Em um cenário de clima irregular e alta pressão de daninhas, a decisão técnica correta — no momento certo — é o que diferencia o produtor que apenas planta daquele que colhe com rentabilidade e segurança. Fonte técnica: Relatório de campo Assistec Agrícola – Novembro/2025.
Safra 2025/26: CEPEA alerta para resultado tenso com custos elevados e preços em queda

A safra 2025/26 se desenha como um dos momentos mais desafiadores para o setor de grãos no Brasil. Especialistas do CEPEA apontam que a combinação de custos de produção em alta e preços de venda em queda pressiona as margens dos produtores — especialmente na cadeia da soja e do milho. Canal Rural Mato Grosso+1 Por que isso importa para você, produtor ou gerente de fazenda Recomendações técnicas da Assistec Visão de médio prazo e implicações Se o cenário apontado pelo CEPEA prevalecer, há risco de que muitas operações agrícolas fiquem pressionadas financeiramente, aumentando vulnerabilidades como inadimplência ou necessidade de renegociação de contratos. A tendência é que produtores mais eficientes, com menor custo e boa logística, ganhem espaço — enquanto aqueles com estruturas mais rígidas terão que operar com disciplina ainda maior. A Assistec continuará acompanhando de perto esses indicadores de custos, preços e rentabilidade para oferecer orientação contínua e customizada. Conclusão A safra 2025/26 exige do produtor rural não apenas técnica de campo, mas sobretudo rigor operacional e foco em eficiência. O suporte da Assistec Agrícola se coloca justamente como parceiro estratégico nessa fase: ajudando a transformar risco em controle, e controle em resultado. No agro moderno, quem domina custo, logística e execução tem vantagem competitiva — e estamos prontos para caminhar ao seu lado. Fonte: CEPEA/ESALQ-USP — Reportagem “Cepea alerta: safra tensa com custos altos e preços baixos”, publicada em 23/10/2025. Canal Rural Mato Grosso+1
Volumes de chuvas irregulares impactam o ritmo da semeadura dos cultivos de verão

A recente análise divulgada pelo Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revela que as chuvas registradas entre 1º e 30 de outubro foram irregulares e mal distribuídas em importantes regiões agrícolas do país, com acumulados abaixo da média em diversas áreas. Serviços e Informações do Brasil+2Notícias Agrícolas+2No Centro-Oeste, por exemplo, os maiores volumes ocorreram em regiões específicas de Mato Grosso e sudoeste de Mato Grosso do Sul, enquanto outras áreas enfrentaram severa restrição hídrica, especialmente no norte de Mato Grosso do Sul e em Goiás. Serviços e Informações do Brasil+1Essa condição comprometeu o avanço da semeadura dos cultivos de verão, uma vez que o solo ainda não apresenta um nível de umidade adequado e o período chuvoso ainda não está estabilizado. Notícias Agrícolas+1 Por que isso importa para quem está no campo Para produtores rurais, gerentes de fazenda e técnicos agrícolas, esse cenário representa riscos práticos que exigem atenção imediata: Recomendações técnicas da Assistec Para enfrentar esse contexto, a Assistec Agrícola sugere as seguintes ações práticas: Visão de médio prazo e implicações Se a irregularidade das chuvas persistir, é possível que a semeadura em larga escala da safra de verão fique mais concentrada em uma janela estreita, elevando os riscos de acúmulo de atividades e menor flexibilidade operacional. Para as fazendas que já adotam agricultura de precisão, esse cenário ressalta a importância de antecipar decisões e operar com eficiência logística e técnica. A Assistec seguirá monitorando os boletins da Conab e demais fontes climáticas para alertar e orientar seus clientes conforme a evolução das condições. Conclusão O impacto das chuvas irregulares e mal distribuídas evidencia que a semeadura da safra de verão exige mais preparo técnico e agilidade do que nunca. Com o suporte da Assistec Agrícola, o produtor rural pode transformar esse desafio em vantagem competitiva, aplicando planejamento, tecnologia e gestão de campo de forma sistemática. No agro moderno, antecipação técnica é sinônimo de produtividade e redução de risco — e é exatamente isso que entregamos. Fonte: Boletim de Monitoramento Agrícola da Conab — “Volumes de chuvas irregulares e mal distribuídos impactam ritmo da semeadura dos cultivos de verão”. Serviços e Informações do Brasil+1