O capim-amargoso (Digitaria insularis) se tornou um dos maiores desafios de manejo das lavouras brasileiras.
Presente em praticamente todas as regiões produtoras, essa planta daninha não só resiste ao glifosato, como também vem evoluindo resistência a outros graminicidas — tornando ineficaz boa parte das estratégias tradicionais de controle.
🌱 Por que o capim-amargoso é tão difícil de controlar?
Ao contrário de outras invasoras, o amargoso tem dois fatores que o tornam extremamente persistente:
- Reprodução por sementes e rizomas: mesmo após aplicações, os rizomas armazenam energia e garantem rebrota.
- Resistência múltipla a herbicidas: muitos biótipos já não respondem ao glifosato e a inibidores da ACCase, como clethodim ou haloxyfop.
Na prática, isso significa que mesmo aplicações bem feitas, com produtos de qualidade, podem falhar completamente se não forem combinadas com uma abordagem mais estratégica.
⚠️ O que não fazer
Um dos erros mais comuns no campo é repetir glifosato ou aumentar a dose na esperança de “vencer na força”.
Mas isso só acelera o problema.
Ao insistir em um mecanismo de ação já esgotado, o produtor pressiona ainda mais a seleção de biótipos resistentes, reduzindo as opções de controle para as próximas safras.
✅ O que funciona: estratégia de manejo no inverno
O período de inverno é o melhor momento para intervir com eficiência e planejamento. Veja o protocolo recomendado:
1. Dessecação sequencial
- 1ª aplicação: Glifosato + Clethodim + óleo → em plantas com até 4 perfilhos.
- 2ª aplicação (7 a 10 dias depois): Haloxyfop ou Quizalofop → atua nas rebrotas.
2. Uso de pré-emergentes
Após a dessecação, aplicar produtos como:
- S-metolachlor
- Pyroxasulfone
Esses produtos evitam novos fluxos de germinação e reduzem o banco de sementes no solo.
3. Cobertura vegetal estratégica
Culturas como milheto ou sorgo forrageiro, semeadas no inverno, ajudam a:
- Sombrear o solo;
- Suprimir a emergência de novas plântulas;
- Reduzir a mobilidade das sementes.
👨🌾 E se ainda tiver escapes?
Escapes pontuais podem ocorrer, e a resposta técnica correta é fazer o mapeamento das reboleiras e tratar pontualmente.
Muitas vezes, o uso de pré-emergentes com residual bem posicionado reduz drasticamente a reincidência.
📌 Conclusão: o inverno é o momento certo para agir
O capim-amargoso já venceu o glifosato — isso é fato técnico.
Mas isso não significa que ele não pode ser controlado.
A diferença entre uma área infestada e uma área limpa começa com o planejamento de inverno.
Na Assistec Agrícola, acompanhamos os produtores na escolha da estratégia ideal de manejo: com base no histórico da área, tipo de solo, perfil de infestação e potencial de rebrote.
📞 Quer montar seu plano de controle para o capim-amargoso?
Entre em contato com a equipe da Assistec.
Nosso time está preparado para orientar cada decisão com base técnica, precisão no campo e compromisso com o resultado da próxima safra.