Buva no inverno: como controlar a planta daninha que já venceu o glifosato
A Buva (Conyza spp.) é hoje uma das plantas daninhas mais resistentes e persistentes do agro brasileiro.
Presente em praticamente todas as regiões produtoras, ela representa um risco real para o sucesso da próxima safra, especialmente quando não é controlada no inverno.
É nesse período que a buva forma rosetas resistentes, consolida sua presença na área e dificulta o manejo pré-plantio, exigindo aplicações mais caras e menos eficientes.
🚨 Por que a buva virou problema tão grande?
A resposta está na sua biologia e na má gestão do controle químico ao longo dos anos.
- Altamente adaptada: germina em diversas épocas do ano, mas se fortalece no outono/inverno.
- Dispersão por vento: suas sementes leves se espalham a grandes distâncias.
- Resistência crescente: já há registros de biótipos resistentes ao glifosato, 2,4-D e até dicamba.
Resultado: aplicações falham, e a planta avança.
❌ O que não fazer contra a buva
- Aplicar glifosato sozinho em plantas grandes.
- Apostar apenas em dessecação pré-plantio.
- Ignorar o manejo de inverno por achar que o solo está “em descanso”.
Essas práticas só fortalecem o banco de sementes no solo e selecionam biótipos ainda mais resistentes.
✅ O manejo correto no inverno
O segredo está na ação antecipada e integrada, quando a buva ainda está no estágio de roseta (até 15 cm de diâmetro).
1. Controle químico
- Mistura de mecanismos de ação:
Combine glifosato com 2,4-D, dicamba, saflufenacil ou fluroxipir. - Pré-emergentes estratégicos:
Flumioxazin, sulfentrazone ou diclosulam para conter os novos fluxos de germinação.
💡 A rotação de MOAs é fundamental.
Repetir o mesmo herbicida é receita certa para resistência.
2. Controle cultural
- Semeadura de aveia-preta, azevém ou nabo forrageiro logo após a colheita.
Essas culturas suprimem a emergência da buva por sombreamento e competição por recursos.
3. Controle mecânico (em último caso)
- Capina manual ou cultivo mínimo pode ser usado em áreas pequenas, mas não é indicado para grandes talhões, principalmente em plantio direto.
📌 Conclusão: a hora de agir é agora
A buva não respeita calendário agrícola.
Se não for controlada no inverno, ela entra no ciclo de verão com força total, atrasando a dessecação pré-plantio e dificultando o estabelecimento da cultura.
Na Assistec, orientamos os produtores a agirem antes do problema aparecer.
Com um manejo técnico, focado no estágio correto da planta e na escolha certa dos produtos, o controle é possível — e mais barato.
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Fale com a equipe técnica da Assistec.
Estamos prontos para elaborar o plano ideal de controle, com base nas características da sua área e no histórico da infestação.
🔍 Buva se vence com estratégia. E a estratégia começa no inverno.