Por Paulo Padilha*
A cada nova safra mais e mais ferramentas tecnológicas e de agricultura de precisão surgem como aliada do produtor. Muitas vezes ele viu em algum lugar, já ouviu falar, mas na prática não sabe para que sirva ou no que de fato vai facilitar ou beneficiá-lo. Uma das ferramentas que surgiram há alguns anos é a aplicação em taxa variável. E o que é essa taxa, há qual muito se fala dentro da agricultura hoje? Primeiro, a tecnologia surgiu considerando a variabilidade espacial para assim aumentar o retorno econômico e diminuir os efeitos ao meio ambiente.
Quer dizer, dentro das fazendas, mesmo fazendo parte de um mesmo bioma, como o Cerrado, por exemplo, os solos têm composições uniformes, com diferentes características físico-químicas e como consequência necessidades e quantidades de corretivos diferentes. Um mesmo talhão pode ter plantas mais ou menos desenvolvidas por conta dessa diferença na terra.
Frente a esses aspectos distintos é que as pesquisas se embasaram para destacar a importância e avanço de técnicas para amostragem de solo, como em grade e mapas de fertilidade, que apontam a necessidade real de calcário, gesso, potássio e fósforo da fazenda detalhando pequenas áreas. E assim, com essas informações em mãos, o produtor consegue aplicar os insumos a taxas variáveis, considerando cada particularidade do solo. A tecnologia consiste, basicamente, em colocar mais onde precisa de mais e menos onde precisa de menos.
E o que isso resulta? Bom, corrigindo essas áreas, as plantas com certeza ficam mais nutridas e a lavoura expressa maior potencial produtivo. Ou seja, mais dinheiro no bolso. Sem dúvida não podemos esquecer que para isso é preciso investimento. Que, já visualizamos se paga. A curto, médio ou a grande prazo, o importante é ter essa consciência de que sem um solo bem preparado não é possível colher com qualidade e quantidade.
Muitas empresas já notaram essas tendências da agricultura de precisão e investem cada dia mais em pesquisas e ferramentas.
A Piccin Implementos Agrícolas, por exemplo, possui uma linha de distribuidores de adubo e calcário dotados de tecnologia de aplicação em taxa variável. Esses equipamentos geram economia de insumos de até 20% com esse modo de distribuição. Além disso, aumenta à eficiência no uso dos insumos, deixa menos residual, aumento a produtividade média em 6%, possui controle de funções hidráulicas e de comporta como opcionais tecnologia 100% ISOBUS e ainda controle de distribuição por pratos. Este é um dos exemplos do que está disponível hoje no mercado para aderir a essa tecnologia.
É válido destacar também que para a aplicação de produtos em pó, como calcários, a melhor alternativa é apostar na máquina de distribuição com alta tecnologia, para quem busca um serviço de mais qualidade e para distribuir produtos de alta reação com precisão. A Piccin lançou em 2019 a Master 15000 Fulltech, um distribuidor com alta capacidade de carga para aplicação de qualquer tipo de material, gesso, calcário, orgânicos e químicos, dotado de tecnologia padrão ISOBUS e sistema controlador com células de carga que mantém a dosagem de aplicação em tempo real. Ou seja, o implemento ajusta continuamente a taxa de aplicação alvo, realiza constante medição de peso e por consequência gera uma autocalibração do produto em relação à velocidade do piso e controle de até 12 seções com monitoramento dos pratos.
Este equipamento reage rapidamente a alterações nas características dos produtos ou condições de distribuição inserindo a densidade ao começar a aplicação. A célula de carga se autocalibra a cada cinco segundos com uma margem de erro extremamente baixa. Além disso, há esse controle de até 12 seções. Isso garante uma aplicação mais certeira e precisa, com mais economia de produto e de tempo.
Como podemos ver, existem boas opções para o produtor no mercado. O importante é analisar sua demanda, conversas com especialistas do setor e traçar um planejamento de adoção das tecnologias.
*Paulo Padilha é técnico de agricultura de precisão da Piccin