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Humanos modificam o “pulmão” da planta

Um novo estudo, conduzido por Andrew Fleming e Marjorie Lundgren, e publicado na Nature Communications, usou técnicas de manipulação genética para revelar que quanto mais estômatos uma folha tem, mais espaço aéreo ela forma. Nesse sentido, os canais agem como bronquíolos, as minúsculas passagens que transportam o ar para as superfícies de troca dos pulmões humanos e animais.

Os autores mostraram que o movimento de CO2 através dos poros provavelmente determina a forma e a escala da rede de canais aéreos. A descoberta marca um avanço em nossa compreensão da estrutura interna de uma folha, e como a função dos tecidos pode influenciar a maneira como eles se desenvolvem, o que poderia ter ramificações além da biologia da planta, em campos como biologia evolutiva e na agricultura.

“Até agora”, explica Fleming em um comunicado, “o modo como as plantas formam seus intricados padrões de canais aéreos tem sido surpreendentemente misterioso para os especialistas. Esta grande descoberta mostra que o movimento do ar através das folhas configura seu funcionamento interno, o que tem implicações para a maneira como pensamos sobre a evolução das plantas. O fato de os seres humanos terem influenciado inadvertidamente a maneira como as plantas respiram, ao cultivar trigo que consome menos água, sugere que poderíamos direcionar essas redes de canais de ar para o desenvolvimento de culturas que possam sobreviver às secas mais extremas, efeito da mudança climática”, completa.

Segundo Lundgren, “há muito tempo os cientistas suspeitam que o desenvolvimento dos estômatos e o desenvolvimento de espaços aéreos dentro de uma folha são coordenados. No entanto, não tínhamos certeza do que estava dirigindo quem”, conclui.

Fonte: Agrolink

Por Leoanardo Gottems

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