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Inovação tecnológica nos cenários rurais

Os historiadores e pesquisadores ao longo de séculos registram que a espécie humana, evolutiva, passou pelas artes de pescar, coletar frutos, caçar, atacar e defender-se, quando numa perspectiva de tempo acessou ao domínio do fogo, que emanava luz e calor. E mais, cuidava dos rebanhos de pequenos e grandes animais, e presumivelmente plantou grãos que levariam tempo para produzir no seio da terra à espera das colheitas!

Portanto, tornou-se também um agricultor ao fundamentar os primórdios da agricultura moderna, estimada em 12 mil anos, que foi, é, e será um dos pilares das civilizações, entre outras demandas e novas necessidades econômicas, sociais e ligadas aos recursos naturais no viger do século XXI.

Assim posto, o passado, presente e futuro presumível explicam os avanços e conquistas havidas e por haver no planeta Terra, através da lógica da evolução aferida pelas ferramentas disponíveis pela Ciência & Tecnologia, em todos os cenários das pesquisas e saberes humanos acumulados.

Essas sinergias continuam indissociáveis e o mundo natural é um sistema conectado há milhões de anos e onde se multiplicam as intervenções humanas e outros eventos baseados em bilhões de seres viventes da biodiversidade mundial.

Além disso, a inovação atua num sistema para além do conceito físico de plantar e criar, sendo que a adoção de inovações é um processo de tomada de decisão que envolve muitos conhecimentos tecnológicos nas culturas e criações, gestão eficiente, sintonia fina com os mercados, logísticas funcionais e sistemas integrados de transportes o ano inteiro!

Vale ainda lembrar que a milenar experiência do erro e do acerto continua viva, e a descoberta da escrita, que é creditada aos sumérios em 3500 a.C, entre outras formas de expressão humana, fundamentaram os ganhos notáveis da Ciência & Tecnologia nessa marcha batida rumo ao futuro!

Noutra convergência, os agricultores familiares, médios produtores e grandes empresários do agronegócio brasileiro, com suas singularidades econômicas, sociais e ambientais, transformam os conhecimentos gerados nos sistemas de pesquisa agropecuária em boas práticas agronômicas e florestais nas diversas regiões brasileiras e contribuindo para abastecer e exportar, bem como sustentam a formação do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio, que é parte indissociável do PIB brasileiro e mineiro, além de gerar emprego e renda em centenas de municípios!

Entretanto, uma característica da agricultura familiar é a de ter diversidade de culturas e criações num mesmo estabelecimento agropecuário, o que presume ser necessário um leque mais amplo de conhecimentos, boas práticas, contudo, sem fazer generalizações e a depender das regiões produtoras de Minas Gerais e do Brasil.

Para planejar é preciso pesquisar, conhecer, acompanhar, avaliar, corrigir e fundamentar as políticas de desenvolvimento sustentável e fortalecer a pesquisa e a assistência técnica públicas, no que lhes compete, enquanto governo, e somando-se às tecnologias geradas por outros “Centros de Inteligência” não governamentais!

O PIB Agropecuária brasileira é estimado em R$ 1,22 trilhão (+ 4,7%), preços de Março/23, para o ano de 2023; em 2022 o agro brasileiro foi de 24,8% do PIB total do Brasil ou R$ 2,25 trilhões, mas o superávit nas exportações foi de US$ 141,8 bilhões, o maior numa série histórica. No primeiro quadrimestre de 2023, as exportações do agronegócio somaram US$ 50,6 bilhões (Mapa).

Em 2022, quase 14 milhões de pessoas trabalhavam na agropecuária e nas agroindústrias do país; e nos últimos três anos gerou quase 360 mil empregos formais (FGV Agro). O Brasil continua uma potência mundial no agronegócio e competindo abertamente com outros países produtores.

Além disso, com base nos preços de março de 2023, os 10 primeiros Valores Brutos da Produção (VBP) agropecuária brasileira estimados para o ano de 2023 são; MT (R$ 209,17 bilhões); PR (R$ 162,31 bilhões); SP (R$ 141,83 bilhões); MG (R$ 131,07 bilhões); RS (R$ 101,46 bilhões); GO (R$ 100,74 bilhões); MS (R$ 75,79 bilhões); BA (R$ 49,66 bilhões); SC (R$ 48,46 bilhões); e Pará (R$ 28,72 bilhões)(Mapa) = R$ 1,04 trilhão.

Portanto, são bilhões e bilhões de reais circulando nas economias regionais e aquecendo o comércio de tecnologias, produtos e serviços, incluindo-se outros estados da Federação, e abastecendo, exportando e gerando divisas externas!

Por: Benjamin Salles Duarte* / Engenheiro agrônomo

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