O diretor executivo da SIA Brasil, Serviço de Inteligência em Agronegócios, Bruno Quadros, destaca que existem dois caminhos para esta redução: produtos com um custo menor e aumento de produtividade, que “é o primeiro driver para o produtor”. “Para a SIA, há uma necessidade de as empresas cuidarem a questão da produtividade, por ser um gatilho, e também a qualidade, pois estamos notando que neste mercado aparecem dia a dia mais empresas e produtos e entendemos que haverá uma seleção natural, onde só as empresas e produtos com qualidade vão se manter. Portanto, também é um desafio para as empresas comprovarem a sua qualidade no processo de fabricação, na prestação de serviço, ou seja, a qualidade em todo o ciclo da cadeia de produção e comercial”, enfatiza.
O acesso ao mercado, de acordo com o diretor executivo da SIA Brasil, é um grande desafio para as empresas que precisam inserir seus produtos no mercado: “o produtor brasileiro tende a estabelecer relacionamento duradouro com pessoas, marcas e empresas. Segundo Bruno Quadros, essas novas empresas precisam criar uma relação não só com os produtores, mas também com as cooperativas e os distribuidores que têm um papel fundamental em levar essa tecnologia para o campo.
Pelo lado do produtor, Quadros coloca, ainda, que ele deve ficar mais atento a muita inovação. “É uma maneira diferente de trabalhar. Quem trabalha com produtos químicos muitas vezes o faz de forma curativa e calendarizada, pois conhece a resposta dos produtos. Quando se trabalha com biológicos, com organismos vivos, muitas vezes a resposta não é imediata, mas uma construção durante o ciclo da cultura. Acredito que é um aprendizado e uma educação ao mesmo tempo, tanto por parte do produtor, da assistência técnica, assim como de todos que estão envolvidos”, explica.
Conforme Quadros, a SIA desenvolve um trabalho de consultoria e acompanhamento para algumas empresas que estão entrando no mercado brasileiro. “O objetivo é que elas entrem da melhor forma possível no mercado, consigam colocar seus produtos alcançando uma longevidade e tenham performance junto ao produtor rural, para que ele também possa lucrar”, sinaliza.
O mercado de bioinsumos, seus desafios e oportunidades, foi tema recente de debate durante seminário no Rio de Janeiro que ocorreu paralelamente ao Congresso Mundial de Insumos. O seminário teve a organização da Business France, que é a área de negócios da França no Brasil, responsável por fazer a interação entre empresas francesas e brasileiras, mas especialmente os franceses que querem desenvolver os seus negócios aqui no país. Na oportunidade, Bruno Quadros participou do painel sobre “A Visão de Mercado do Bioinsumos no Brasil”.