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Coloração, tamanho e número de nódulos fazem a diferença nos resultados do processo de inoculação
Aplicados em mais de 80% das áreas de soja no Brasil, segundo informações da Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII), os inoculantes biológicos, responsáveis pela Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN), exercem um papel fundamental para a manutenção e crescimento dos rendimentos da sojicultura brasileira, o que chega a agregar, em média, 6% a mais em termos de produtividade em relação a uma área não inoculada. Mas como saber se a inoculação foi bem-sucedida?
Marcio Domingos, gerente nacional de vendas da divisão agrícola da Novozymes, líder mundial em soluções biológicas, explica que, com base em experimentos realizados pela Embrapa Soja, o produtor precisa observar, primeiramente, o tamanho da nodulação no estágio de floração, que precisa ser maior ou igual a 2 milímetros de espessura. Estudos de campo apontam que entre cinco a oito dias após a emergência da soja já é possível ver a formação dos primeiros nódulos.
Segundo levantamento da Embrapa, para uma análise precisa com o objetivo de verificar se o processo de inoculação está indo bem, a avaliação deve ser realizada no estágio V3, ou seja, período em que as plantas de soja apresentam o terceiro e quarto nó, que são as ramificações das plantas. Domingos explica que o nó da folha unifoliolada (simples) é o primeiro nó ou ponto de referência onde inicia o processo de contagem para identificar o número de nós foliares que vem a seguir.
Em relação à qualidade da FBN, o produtor ou engenheiro agrônomo da propriedade precisa partir o nódulo ao meio. O gerente da divisão agrícola da Novozymes observa que, se a coloração interior estiver rósea intensa, é um indicativo de que a leghemoglobina, célula responsável pelo transporte de oxigênio, está exercendo a sua função, essencial para a sobrevivência dos microorganismos que, por sua vez, fornecem nitrogênio para as plantas.
O sojicultor também deve observar que, no período de florescimento, o número de nódulos tende a variar de 15 a 30 unidades por planta. “Os nódulos, segundo estudos da Embrapa, podem permanecer ativos até o enchimento de grãos”, ressalta Marcio Domingos que completa que, nesta fase, a coloração interna da colônia muda para os tons verdes ou marrons devido ao processo de envelhecimento das bactérias.
Benefícios
O uso de soluções biológicas é uma crescente no mundo, avalia Domingos. Além do incremento de produtividade proporcionado pela adoção dos microorganismos biológicos, a natureza também se beneficia porque esses materiais são menos agressivos ao meio ambiente.
O gerente diz que a população mundial está crescendo e, para isso, é necessário produzir mais sem expandir a área de cultivo, cabendo aos insumos biológicos ajudarem na elevação dos índices de produtividade. Além de mais sustentáveis, os insumos biológicos também ajudam na redução dos custos, pois são mais baratos se comparados a um insumo químico.
A Fixação Biológica de Nitrogênio é uma alternativa com o melhor custo-benefício, e a Novozymes, presente em 140 países e atuante em mais de 30 indústrias, entre elas a agricultura, aposta na tecnologia. “Os rizóbios captam nitrogênio do ar e os fornecem para as plantas que, por sua vez, alimentam essas bactérias num processo de simbiose”, explica Domingos.
Fonte: Ricardo Maia |PG1