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Manejo bem-feito ajuda no controle de nematoides na safra de soja 22/23

  • De difícil identificação, os nematoides atacam várias regiões produtoras do Brasil, alerta especialista do xarvio®
  • As espécies Pratylenchus e Nematoides de Galhas são as mais encontradas nesta safra

Temidos por muitos agricultores, os nematoides podem levar a perdas severas nesta safra de soja 2022/2023. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN), estes parasitas causam prejuízos de R$ 35 bilhões anuais aos agricultores brasileiros, sendo, em média, R$ 15 bilhões somente nas lavouras de soja.

Nematoides são parasitas que vivem nos solos e se alimentam das estruturas das plantas, especialmente raízes, tubérculos e bulbos. Com tamanho de no máximo três milímetros, os nematoides são de difícil visualização. Possuem um ciclo de vida de três a sete semanas e liberam toxinas que causam necrose nos tecidos das raízes.

“Às vezes é difícil identificar os nematoides nas áreas porque podem ser confundidos com déficit de nutrição ou de água”, comenta Alan Castro, engenheiro agrônomo e coordenador técnico do xarvio®, marca de agricultura digital da BASF. Castro acrescenta: “além de causarem danos diversos às plantas, os nematoides funcionam como porta de entrada para outros patógenos e podem ser os causadores de doenças nas plantas”.

“As plantas atacadas apresentam clorose nas folhas, que é quando elas não produzem a clorofila e ficam com coloração diferente da normal: verde pálido ou amarelado. Ela ainda pode ficar murcha nos horários mais quentes do dia, as vagens nascem pequenas ou são abortadas e as plantas não conseguem se desenvolver e podem até morrer”, explica Alan Castro.

Estes sintomas são os mais comuns e geralmente são observados em reboleiras. “Este ano estamos vendo muito a incidência de Nematoides de Galhas (Meloidogyne spp.), que são tidos como os mais importantes nematoides fitopatogênicos, pois apresentam ampla distribuição geográfica e enorme gama de hospedeiros, causando grandes danos as culturas. Outro nematoide que encontramos foi o de Cisto da Soja, que penetra nas raízes da planta e dificulta a absorção de água e nutrientes, resultando em porte reduzido das plantas e clorose na parte aérea causando a doença conhecida como nanismo amarelo da soja. Temos também a espécie Pratylenchus brachyurus, que é conhecida como o Nematoide das Lesões, já que causa lesões radiculares nas plantas. Ele tem uma ampla distribuição geográfica e um grande número de plantas hospedeiras”, pondera o engenheiro agrônomo.

Dicas para o controle

Alguns cuidados de manejo são importantes para o controle destes parasitas, de acordo com a Embrapa:

  • utilizar variedades tolerantes;
  • realizar a rotação de culturas;
  • higienizar os equipamentos para evitar a disseminação de nematoides;
  • revolver o solo para expor os nematoides a luz solar, para que essa área fique sem vegetação por um período;
  • utilizar nematicidas químicos e biológicos para controle, quando o monitoramento indicar;
  • evitar manter água disponível no solo e excessos de adubos nitrogenados;
  • o uso de mapas de satélites pode ajudar a localizar potenciais presenças de nematoides mais rapidamente.

Com a dificuldade de identificação da praga, a tecnologia digital é uma aliada do manejo. O uso de mapas baseados em imagens de satélite e mapas de aplicação feitos com imagens de drones, como os disponibilizados pelo xarvio® FIELD MANAGER, podem ajudar a localizar potenciais presenças de nematoides mais rapidamente.

Fonte: Veronica Longhi

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