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A Ramulária é uma doença causada pelo complexo fúngico composto por Ramulariopsis gossypii e Ramulariopsis pseudoglycines e é, atualmente, a principal doença do algodoeiro no Brasil (Embrapa Algodão, 2020). Estudos realizados no IGA mostraram perdas de até 15% em cultivares suscetíveis, nas safras 2019/20 e 2020/21, com redução média de 50@/ha de algodão em caroço. Entretanto, em condições mais severas, estudos mostram perdas de até 70% da capacidade produtiva da cultura.
Com o avanço da cultura para a região Centro-Oeste e mudanças no sistema de produção, a Ramulária encontrou condições favoráveis para o seu desenvolvimento e sobrevivência, o que se dá durante o cultivo da pluma, em tigueras, soqueiras mal destruídas e restos culturais.
A redução na produtividade ocorre pela desfolha precoce e redução da área fotossintética da planta, além de causar a abertura precoce dos capulhos e redução da qualidade de fibra. O controle do patógeno deve se ater sempre ao manejo integrado de doenças, que consiste na utilização de diversas técnicas como a correta destruição de soqueiras e manejo de tigueras, uso de cultivares resistentes e controle químico.
Considerando que as opções de cultivares no mercado não apresentam resistência completa ao patógeno, o manejo com produtos químicos passa a ser indispensável. A entrada com produtos químicos deve ocorrer com o aparecimento dos primeiros sintomas (lesões azuladas) aproximadamente aos 40 dias após a emergência. A escolha dos produtos deve ser baseada na sua eficiência de controle, modo de ação da molécula, épocas e intervalo de aplicação, sempre rotacionando os ingredientes ativos para a redução da resistência do fungo aos produtos. Aliado a isso, o uso de multissítios como o clorotalonil e mancozebe tem mostrado ótimos desempenhos no manejo da doença.
Fonte: IGA