Estudo realizado em Rio Verde (GO) mostrou que o uso de soluções naturais desenvolvidas com biotecnologia favoreceu o aumento de 20% no comprimento das raízes, auxiliando na superação da escassez de água
A escassez ou a ineficiência de absorção de água pelas plantas compromete todo o desenvolvimento da cultura, impactando diretamente na produtividade. No momento, as lavouras de soja do país estão em plantio ou em processo de germinação e emergência, etapa considerada altamente sensível ao estresse hídrico, o que exige atenção ainda maior nesse aspecto, uma vez que a água participa de todos os processos fisiológicos e bioquímicos da planta.
Adversidades climáticas durante o ciclo das culturas não são novidade para os produtores, mas sim constante preocupação. A adoção de estratégias preventivas costuma apresentar excelentes resultados diante destes desafios. Um estudo realizado pela Alltech Crop Science, em parceria com a Fertigeo, em Rio Verde (GO), mostrou que a aplicação de soluções biotecnológicas, no manejo nutricional e fisiológico da cultura da soja, permitiu aumento de 21,2% no comprimento das raízes. Além disso, resultou no incremento de 20,6% de massa seca de parte aérea e manutenção de cotilédones, estruturas que contribuem para a reserva de nutrientes da planta.
O engenheiro agrônomo Guilherme Bavia, gerente técnico especializado em grãos da Alltech Crop Science, explica que os números são reflexo de uma planta mais resiliente ao passar pela condição estressante. “O incremento do sistema radicular aumenta a eficiência de exploração do solo por essas raízes, o que promove maior absorção de água e nutrientes. Já a manutenção dos cotilédones, que auxiliam a planta na fase inicial de desenvolvimento, é essencial pois uma perda prematura dessas estruturas, pode afetar diretamente a produção final. E o aumento de massa seca demonstra que o vegetal teve maior eficiência ao realizar a fotossíntese e translocar fotoassimilados”, destaca.
Sobre as soluções
De acordo com Bavia, as tecnologias aplicadas no estudo visam atuar em variados aspectos. Um deles é a ativação biológica do solo, equilibrando o tripé: físico, químico e biológico, a partir de produtos à base de extratos fermentados e nutrientes. “O objetivo é aumentar a biodiversidade benéfica do sistema, com isso o solo tem mais saúde e maior qualidade, o que favorece o armazenamento e filtragem da água, tornando-se um sistema mais resiliente caso for acometido pelo estresse hídrico, muito mais favorável ao desenvolvimento do sistema radicular das plantas”, relata.
O tratamento também inclui soluções que maximizam a eficiência nutricional e fotossintética da planta. “Neste caso, o uso de tecnologias formuladas a partir de extratos vegetais e nutrientes específicos complexados por aminoácidos vai permitir que o vegetal tenha maior produção e distribuição de fotoassimiliados, melhorando a relação fonte-dreno da planta”, detalha o especialista. Favorecer o balanço hormonal e nutricional da cultura, com tecnologias mitigadoras de estresse, irá auxiliar no processo de adaptação do cultivo às adversidades.
O engenheiro agrônomo explica, ainda, que todos esses ganhos impactam diretamente em produtividade, o que foi possível comprovar no estudo realizado em Rio Verde (GO). Segundo a pesquisa, realizada em uma estação experimental, a área de soja que passou pela aplicação dessas soluções naturais apresentou uma produtividade 23,2% superior à área que não recebeu o tratamento. No estudo foram utilizados os produtos Soil-Plex Active, Soil-Plex Fert, Agro-Mos, Grain-Set, Liqui-Plex Unix, Liqui-Plex Vegetables, Liqui-Plex CaMg+B, da Alltech Crop Science.
Outras dicas
Bavia lembra também que são importantes outros cuidados quando o assunto é estresse hídrico. Ele orienta que o produtor faça frequentemente o acompanhamento da previsão do tempo, conheça as características de fenômenos como La Niña, por exemplo, para bom planejamento da safra, além de conhecer as propriedades físicas, químicas e biológicas do seu solo, para buscar o equilíbrio do sistema, estimular o enraizamento e a capacidade de armazenamento de água.
Fonte: Centro de Comunicação