Os pesquisadores usaram uma técnica de edição genética para remover uma pequena seção do gene CD 163 ao produzir um porco, focalizando na seção que o vírus ataca e deixando o resto da molécula intacta. Christine Tait-. Bukard, professora da Universidade de Edimburgo, avalia os resultados do estudo e alerta para a regulamentação do consumo desse tipo de carne, que é banida na Europa.
“Esses resultados são empolgantes, mas ainda assim serão vários anos antes de comermos sanduíches de bacon de suínos resistentes ao PRRS. Em primeiro lugar, precisamos de uma discussão pública mais ampla sobre aceitabilidade da carne editada por genes que entra na nossa cadeia alimentar, para ajudar a informar os líderes políticos sobre como essas técnicas devem ser regulamentadas”, comenta.
O estudo foi financiado pelo Conselho de Pesquisa em Biotecnologia e Ciências Biológicas e foi publicado no Jornal of Virology. De acordo com a Universidade, a edição genética é capaz de reduzir as frequentes perdas na produção e ao mesmo tempo melhoraria a saúde e o bem-estar dos animais.
“Se esses estudos forem bem-sucedidos e o público aceitar essa tecnologia, estaremos procurando trabalhar com empresas de criação de suínos para integrar essas edições genéticas nos estoques comerciais de produção”, conclui Christine.
Fonte: Agrolink –Leonardo Gottems
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