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Evolução do Tratamento de Sementes no Brasil

Por Laborsan Agro*

Início do emprego de sementes tratadas na agricultura:
A tratamento de sementes é uma técnica muito antiga. Já em 450 aC, o extrato de alho-poró era usado como caldo de tratamento, egípcios, gregos e romanos usavam bagaço de azeitonas, cinzas, caldo de cebola ou extrato de cipreste para desinfetar sementes e, assim, protegê-las de patógenos.[1]
Na Idade Média, o chorume do estrume era usado para tratar as sementes. A partir de 1660 sementes foram tratadas com sal de Glauber (sulfato de sódio decahidratado) e cobre com sucesso moderado; a partir de 1740 preparava-se sulfato de cobre e arsênico e em 1765 iniciaram -se os tratamentos juntamente com água quente.
No final do século 19, passou-se a desenvolver os sais de mercúrio, os quais se mostraram muito eficazes (mas também muito tóxicos), e foram denominados “tratamentos universais” até serem proibidos na Alemanha em 1982.
Em 1914, por exemplo, foi introduzido o tratamento úmido Uspulun (acetato de fenilmercúrico) que foi substituído pelo tratamento a seco Ceresan Universal (silicato de metoxietilmercúrico) no final da década de 1920.[1]
Desde a década de 1970, novos produtos para tratamento de sementes de sementes, menos tóxicos, mas ainda eficazes [2] foram desenvolvidos e colocados no mercado pelas empresas de defensivos agrícolas.
Na década de 1980, uma série de novos ingredientes ativos entrou no mercado alemão (1979 Bitertanol, 1980 Triadimenol, 1986 Pencycuron, 1990 Fluazinam). Em 1991, o imidaclopride, um curativo inseticida do grupo dos neonicotinóides, foi introduzido pela primeira vez.[3]
Evolução da tecnologia TS no Brasil
No Brasil a tecnologia do tratamento de sementes seguiu a partir de 1980 o seu desenvolvimento seguindo os avanços das tecnologias desenvolvidas nos países do hemisfério norte, tanto na parte de defensivos agrícolas como no desenvolvimento de equipamentos de aplicação e polímeros.
A evolução do desenvolvimento dos tratamentos se deu de forma diferenciada, conforme a cultura com destaque para a culturas milho hibrido, algodão, soja e trigo.
Milho:
Pelo desenvolvimento e uso da tecnologia de sementes na produção de sementes hibridas vindas dos Estados unidos e da Europa, introduziu-se na cultura do milho todo o pacote tecnológico de tratamento de sementes que evoluiu com o tempo, pelo sucesso alcançado, estas praticamente permaneceram as mesmas até os dias de hoje.
As empresas produtoras de sementes de milho entregavam inicialmente as suas sementes, com três características:
Separadas por tamanhos “peneiras” e já tratadas com fungicidas para garantir uma boa germinação e evitar o tombamento ou damping off “
O tratamento era realizado já nas UBS (Unidade de Beneficiamento de Sementes) num sistema de Tratamento de Sementes Industrial.
Somente quando foram lançados os inseticidas para o tratamento de sementes, passou-se a realizar o retratamento das sementes com estes inseticidas no campo, e a operação era realizada de forma mais simples, com tambores rotativos manuais pelo próprio agricultor.
A partir de 1995, com o lançamento dos inseticidas sistêmicos e a importação de maquinas mais precisas passou-se a realizar tratamentos Industriais completos com fungicidas, inseticidas e polímeros para as sementes de milho hibrido. Passou-se a  realizar o retratamento das sementes no campo somente nos casos em que havia necessidade de ampliar o espectro de ação por parte dos inseticidas.
Algodão
A cultura do algodão passou por uma evolução tecnológica muito grande nos últimos 40 anos, considerando-se que o algodão sempre foi uma cultura de grande importância para o Brasil e que praticamente faz parte de nossa cultura desde o tempo do descobrimento.
Por este motivo, estávamos muito atrasados tecnologicamente nesta cultura comparativamente com o grande produtor de algodão os Estados Unidos.
A cultura do algodão, foi uma das culturas em que, pela necessidade de controle dos fungos do tombamento e de pragas, passou a consagrar o tratamento de sementes assim que haviam produtos disponíveis no mercado.
Como as sementes de algodão não eram ainda deslintadas, o que dificultava o tratamento, e como o inseticida utilizado era um organofosforado, o tratamento era realizado em galpões das cooperativas e dos grandes produtores pelas empresas produtoras do inseticida e sob supervisão das Secretarias de Agricultura.
Por questões de segurança com o pessoal envolvido na aplicação, por cuidados com o ambiente e pelas dificuldades de regulagem do equipamento, o tratamento de sementes industrial passou a ser uma prática obrigatória.
Somente a partir dos anos 90 a prática do deslintamento das sementes de algodão ganhou impulso e pelas vantagens que estas ofereciam a demanda subiu vertiginosamente.
Neste mesmo momento começaram a ser desenvolvidas, as variedades de algodão dos Estados Unidos e da Australia as quais foram desenvolvidas nestes países com o objetivo de viabilizar a colheita mecânica tornando o plantio de sementes deslintadas, praticamente obrigatório.
Nesta década a cultura de algodão sofreu grandes transformações, migrando para o centro oeste onde as terras planas e extensas, além do clima adequado se mostraram favoráveis e viabilizaram uma cotonicultura competitiva.
Esta nova situação, com as sementes deslintadas e com a redução do uso de sementes por área de 40 Kg/ha para 15 a 13 Kg/ha , viabilizou-se o uso de inseticidas sistêmicos, de fungicidas mais eficazes o uso do film costing de diferentes cores para diferenciar as variedades e marcas de sementes.
Com a prática adotada do deslintamento das sementes de algodão  passou-se a  importar e a instalar máquinas de tratamento importadas capazes de tratar com precisão nas doses e com rendimentos superiores a 30 ton/hora .
Foi muito importante para consolidar estas mudanças um tratamento de sementes que assegurasse o controle do tombamento, o controle efetivo dos pulgões transmissores das viroses e ao mesmo tempo apresenta-se uma ótima fitocompatibilidade para que se tivesse uma rápida germinação e que conseguisse assegurar os mesmos bons resultados em caso de veranico ou de excesso de chuvas durante o estabelecimento das plantas na lavoura.
Soja
A cultura da soja, também teve um crescimento exponencial de área plantada ano a ano acompanhada pela implementação de práticas agronômicas e suporte técnico. No entanto, diferentemente das culturas do milho e do algodão que tiveram inicialmente um aporte de tecnologias que vieram de outros países juntamente com as sementes, a tecnologia e o conhecimento agronômico foi praticamente todo desenvolvido pelos pesquisadores brasileiros com destaque da EMBRAPA e de outros centros de pesquisas das universidades e dos pesquisadores das grandes cooperativas agrícolas.
O desenvolvimento da tecnologia do tratamento de sementes de sementes de soja foi pioneiro e intenso, iniciando -se pelo desenvolvimento de fungicidas sistêmicos e de contato assim como de suas combinações.
No caso especifico da soja, ponto importante para o bom desempenho destes produtos era a boa eficácia, a fitocompatibilidade com as plântulas de soja e a compatibilidade com as bactérias fixadores de nitrogênio, o Badyrhizobium
De início o tratamento de sementes era realizado no campo um pouco antes do plantio, de forma muito simples com o uso de tambores rotativos manuais e em safras seguidas com betoneiras e tambores rotativos motorizados.
O tratamento das sementes de soja com fungicidas trazia ótimos resultados e a demanda por sementes tratadas aumentava ano a ano incentivando a indústria nacional de equipamentos agrícolas a produzir maquinas de tratamento de sementes.
O tratamento de sementes de soja com estas máquinas, com capacidade de tratamento de 2 ton/hora, é realizado no campo um pouco antes do plantio.
A utilização de uma alta quantidade de sementes no plantio, na época, de no mínimo 80 Kg de sementes por hectare e o incremento das áreas de plantio de soja, impulsionou a fabricação e a instalação das UTI´s Unidades de Tratamento de Sementes pela indústria nacional de equipamentos agrícolas.
Estas UTI tem a capacidade de tratar 30 Ton/hora entregando as sementes tratadas com alta qualidade do tratamento e já ensacadas.
Para a cultura da soja a exemplo do milho e do algodão também emprega-se o Tratamento de Sementes Industrial o qual viabiliza diferentes combinações de fungicidas, inseticidas e polímeros de acordo das necessidades de cada cultivar e região.
Trigo
A evolução do TS de acordo com os avanços da agricultura:
Inicialmente o tratamento de sementes foi uma tecnologia utilizada na agricultura com o objetivo de proteger as sementes contra a ação de patógenos que predominantemente atacam a planta durante o momento da germinação e na fase inicial de crescimento.
Com a evolução da agricultura e das tecnologias agronômicas, juntamente com o objetivo inicial de proteger a germinação e favorecer o estabelecimento de uma lavoura com um estande ideal, ao tratamento de sementes foram agregadas outras tecnologias com os objetivos:
Ampliar o espectro de ação dos fungicidas com a combinação de fungicidas de contato e de sistêmicos.
Controle de insetos como a adição de inseticidas.
Controle de nematoides, com a adição de nematicidas.
Evitar o consumo das sementes plantadas por pássaros com o uso de repelentes.
Suprir deficiências de nutrientes com a aplicação de micronutrientes, na fase inicial do crescimento; com a aplicação de formulações contendo os micronutrientes.
Favorecer o desenvolvimento de simbioses com a cultura; através da aplicação de microrganismos específicos, como por exemplo o Bradyrhizobium largamente utilizado na inoculação das sementes de soja.
Na cultura do milho , para a fixação do nitrogênio as aplicações da Azospirillum spp; e para a liberação do fosforo ativo do solo para a planta,  a (Bacillus subtilis B2084 ou Bacillus megaterium B119) desenvolvidas pela EMBRAPA de Sete Lagoas.
Incrementar o enraizamento e desenvolvimento vegetal com a aplicação de regulador de crescimento vegetal composto por hormônios vegetais.
Estimular a germinação, o enraizamento e favorecer a absorção dos nutrientes através da aplicação de bio-estimulantes como extrato de algas e de fito -esteroides. São tecnologias recentes e em desenvolvimento.
Favorecer as condições de aplicabilidade da calda de tratamento de sementes, reduzir a formação de poeira durante o tratamento e durante o plantio, melhorar a fluidez das sementes, identificar o tipo de tratamento através de diferentes cores; através do uso de polímeros “Film Coating”.
Estabelecimento da lavoura
O tratamento de sementes sob o ponto de vista de eficácia agronômica e impacto ambiental é uma pratica essencial na agricultura moderna.
No tratamento de sementes os ingredientes ativos são aplicados diretamente sobre as sementes e desta forma, com uma menor quantidade, consegue se evitar de uma a duas aplicações de pulverização na fase inicial da lavoura.
Ilustrando: Numa pulverização aérea, envolvemos 10.000 metros quadrados, enquanto que com o tratamento de sementes envolvemos uma área relativamente muito menor de aproximadamente 58 m quadrados.
O tratamento de sementes é uma pratica de proteção efetiva e também preventiva, pois além de proteger contra agentes presentes na semente, também protege as plantas contra os fungos presentes no solo e de insetos durante as quatro semanas iniciais da lavoura.
Um papel importante do tratamento de sementes é o de proteger a germinação nas situações adversas as quais prolongam o tempo de emergência da planta, expondo as mesmas aos patógenos e pragas presentes no solo.
Esta situação de adversa de estresse geralmente ocorre quando a semente fica a uma profundidade maior que a recomendada, quando surgem condições de estresse hídrico causadas por um veranico ou condições de encharcamento do solo por excesso de chuvas.
Tecnologias adicionais
Com a intensificação da agricultura e o surgimento de novos desafios técnicos, foram se agregando outros valores e soluções ao tratamento de sementes.
De polímeros “ Film coating “ os quais tem o objetivo de evitar a formação de poeira, a qual se forma, através do atrito, durante  a  movimentação das sementes nos equipamentos de tratamento ,na pesagem, no ensaque e no manuseio durante o plantio.
A formação de partículas, que ficam em suspensão no ar, é indesejada pois arrastam os ingredientes ativos dos defensivos agrícolas, aumentando a exposição do pessoal envolvido no tratamento e no plantio. Além disso a formação de poeira, causa a perda dos ingredientes ativos os quais não permanecem sobre o alvo, a semente, reduzindo a eficácia dos mesmos .
Harmonizar/homogeneizar os componentes da calda de aplicação
Identificação do tratamento através de cores e texturas diferenciadas.
Uso de pós secantes para reduzir o tempo de secagem das sementes após o tratamento.
Melhorar a fluidez das sementes e desta forma, melhorar a plantabilidade e por fim viabilizar o estande correto da densidade ideal de plantio.
Com a evolução da agricultura moderna,o TS foi
A importância
Proteção das sementes durante a armazenagem de pré – plantio.
Proteção no momento mais frágil do estabelecimento das plantas no campo durante a germinação
A evolução
Inserção da Laborsan AGRO na história e a sua evolução
A posição atual do TS
Futuro do TS , dose por unidade
Aplicação para cada situação
Importância da fluidez plantabilidade das sementes
Vantagens do TS para o ambiente
Fonte: Ação Estratégica

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