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Quepia e Syngenta avançam estudo sobre segurança e resistência de EPI

Programa do Centro de Engenharia e Automação, do Instituto Agronômico, e empresa líder do mercado de proteção de cultivos fazem análises com base em processos de lavagem, higienização e reutilização dos EPI 

Jundiaí (SP) – O programa IAC-Quepia de Qualidade de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura conduz, em parceria com a empresa Syngenta Proteção de Cultivos, uma iniciativa de pesquisa com ênfase na resistência e na durabilidade de vestimentas protetivas agrícolas. Os ensaios ocorrem na Estação Experimental da Syngenta, em Paulínia, no interior de São Paulo, supervisionados pelo pesquisador científico Hamilton Ramos, coordenador do IAC-Quepia.

De acordo com o pesquisador, os ensaios com a Syngenta envolvem três tipos de vestimentas protetivas, todas recomendadas por fabricantes associados ao IAC-Quepia. Ele adianta que ao final de um determinado número de lavagens desses produtos, executadas por duas lavanderias industriais, com emprego de processos diferentes, Syngenta e IAC-Quepia trarão à luz dados seguros para subsidiar a formulação de uma política de recomendação e utilização de EPI agrícolas, ação que beneficiará a segurança de pesquisadores e trabalhadores.

Conforme Ramos, o ensaio com a Syngenta tem como base a Norma Reguladora NR 31.8, que obriga ao empregador fornecer EPI higienizado ao trabalhador, e proíbe a este transportar o equipamento protetivo para casa, após utilizado. “Tal diretriz, por vezes, leva pesquisadores e companhias a demandar EPI alugados de lavanderias. Estas empresas, em geral, se responsabilizam pelo recolhimento de peças ditas ‘contaminadas’, pela lavagem das mesmas e sua imediata troca por outras vestimentas, supostamente prontas para uso”, explica Ramos.

O pesquisador enfatiza que parte das empresas locadoras de EPI emprega processos de lavagem industrial percebidos, pela pesquisa, como causas de redução da durabilidade desses equipamentos, comparativamente à lavagem feita manualmente. “Sabemos, por exemplo, que lavanderias industriais ‘tratam’ vestimentas com hidrorrepelente, visando a prolongar a vida útil dos equipamentos. Hoje não há dados seguros capazes de sustentar a eficácia desta medida”, continua Ramos.

Conforme o pesquisador, o laudo conclusivo do ensaio deverá ficar pronto entre os meses de outubro e dezembro deste ano.

Liderado pelo Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, o IAC-Quepia completou 14 anos em 2020. Focado no desenvolvimento de tecnologia e na certificação de qualidade para EPI agrícolas, o programa é financiado com recursos privados.

Mais informações sobre o programa IAC- Quepia: www.quepia.org.br

Fonte: Bureau de Ideias

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