Pesquisadores do Centro de Pesquisa em Genômica Agrícola (CRAG) descobriram que os relógios circadianos na ponta crescente da planta funcionam de maneira semelhante aos relógios no cérebro dos mamíferos e existe uma pequena proteína que sincroniza esses relógios em brotos e raízes. A maioria dos organismos vivos, incluindo seres humanos e plantas, possui um relógio biológico interno que lhes permite antecipar e se adaptar às mudanças ambientais produzidas pela rotação da Terra a cada 24 horas.
“Sabíamos que havia um sinal circadiano que se move das raízes para os brotos, mas não sabíamos sobre a natureza desse sinal. Poderia ter sido hormônios, produtos fotossintéticos … Agora, descobrimos que é uma proteína central do relógio circadiano que se move através da vasculatura da planta”, afirma Paloma Mas, uma das responsáveis pelo estudo.
Qualquer pessoa que já tenha experimentado jet lag, sabe que, felizmente, o relógio biológico circadiano é capaz de se redefinir por meio de sinais luminosos ambientais, permitindo que o corpo se adapte ao novo fuso horário em poucos dias. Da mesma maneira que o relógio circadiano pode ser sincronizado com a luz ambiente, ele também pode integrar informações sobre a temperatura ambiente.
“As mudanças climáticas e as altas temperaturas associadas estão causando secas, o que já está afetando a produtividade das culturas na agricultura. Conhecer os genes e proteínas que as plantas usam para adaptar sua fisiologia às condições ambientais nos permitirá projetar culturas melhor adaptadas, que serão essenciais para garantir a segurança alimentar”, explica Paloma Mas, pesquisador do CRAG.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems
Crédito: DP Pixabay