“Em resumo, é como um esquema de dois por um. A planta gasta energia produzindo esse metabólito que pode otimizar quais micróbios conseguem formar relações simbióticas com a planta”, disse Aardra Kachroo. “O conhecimento de que tais mecanismos de sinalização existem é fundamental para o desenvolvimento de produtos agrícolas que podem melhorar a resistência a doenças sem afetar negativamente a planta. O trabalho também tem implicações para a fixação melhorada de nitrogênio nas plantas”, completa.
Interações incompatíveis entre bactérias fixadoras de nitrogênio nas raízes das plantas ativam o caminho. Quando bactérias indesejáveis, fixadoras de nitrogênio, tentam entrar na planta, um sinal desconhecido abre o caminho. Esse sinal percorre a planta e promove a produção do metabólito glicerol-3-fosfato nas folhas. A produção de glicerol-3-fosfato ativa as defesas das plantas contra patógenos no ar. O metabólito gerado pelas folhas viaja de volta para a raiz, impedindo que bactérias ineficientes fixadoras de nitrogênio entrem na planta.
Os laboratórios da Kachroo estudam o glicerol-3-fosfato há muitos anos. Em 2011, eles o identificaram como um importante regulador móvel da resistência adquirida sistêmica, uma forma de imunidade altamente desejável que protege toda a planta contra uma ampla gama de patógenos.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems
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